ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Bancada do PT-MS pede explicações da PF sobre atos antidemocráticos
22/11/2022
13:50
ASSECOM
©DIVULGAÇÃO
Na tarde desta segunda-feira (21), parlamentares das bancadas municipal, estadual e federal do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul (PT-MS) e o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) foram à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) para buscar soluções e respostas da Corporação em relação às manifestações antidemocráticas que ocorrem no estado e em todo o país.
Desde o fim do segundo turno das eleições deste ano, apoiadores de Jair Bolsonaro, candidato derrotado à Presidência da República, têm se manifestado e solicitado intervenção militar e recontagem de votos, além de proferir ataques às urnas eletrônicas e às instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF). Também têm promovido bloqueios de vias e atos de terrorismo e vandalismo que afrontam a Constituição Federal.
O deputado federal Vander Loubet, a vereadora e deputada federal eleita Camila Jara, os deputados estaduais Pedro Kemp e Amarildo Cruz, o vereador de Campo Grande Ayrton Araújo e Dagoberto cobraram do superintendente regional Chang Fan e do corregedor regional Ricardo Hiroshi explicações em relação ao trabalho desenvolvido pela Corporação frente aos ataques antidemocráticos.
Vander solicitou que a PF combata duramente os crimes praticados pelos manifestantes. "Fomos eleitos de forma democrática para representar os direitos da população e precisamos dar respostas ao povo. É inadmissível uma parte da sociedade não aceitar os resultados das urnas, sendo que já foi comprovado que elas são confiáveis", afirmou o parlamentar.
“É dever de todo cidadão proteger nossa democracia que foi com tanto esforço conquistada. E cabe a nós, eleitos democraticamente pela população, trabalhar para garantir que esses atos antidemocráticos sejam coibidos e assegurar que será respeitado o direito daqueles que foram às urnas em eleições limpas e cujo resultado não obteve nenhuma prova em contrário”, afirmou o deputado estadual Amarildo Cruz.
A vereadora e deputada federal eleita, Camila Jara, reforça a necessidade de que os atos sejam encerrados, para a manutenção da ordem pública. “Esse tipo de manifestação só é possível porque vivemos em uma democracia. Mas essas manifestações têm que ter pautas e reivindicações justas, o que não é o caso desses poucos atos antidemocráticos que são inchados para causarem cada vez mais transtornos à população. Quem defende golpe e pede que o exército interfira na votação comete crime, previsto no artigo 286 do código penal”, ressaltou.
O superintendente da PF informou que a Instituição já tem procedimentos instaurados e que está investigando e punindo aqueles que estão financiando os atos antidemocráticos. Além disso, está sendo feito um trabalho inteligente e silencioso que deverá gerar resultados em dias.
"Estamos trabalhando em prol do bem estar da população. Temos cinco unidades em cada região do estado para coibir qualquer ato que viole o direito democrático da sociedade. A população pode contar com a PF”, reiterou o superintendente, que destacou que os cidadãos que tomarem conhecimento de mais provas dos atos antidemocráticos podem encaminhá-las para auditoria da Corporação.
Para o deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS), a democracia garante o direito ao protesto, mas ato antidemocrático não se pode admitir no Brasil, um País que perdeu seus filhos e filhas na Ditadura Militar. Pessoas que defendem a intervenção militar por não aceitar o resultado das eleições precisam ser responsabilizadas por desrespeito a Constituição Federal. Segundo ele, a manipulação não pode ser permitida e a internet tem sido espaço hostil de propagação de ódio. O presidente Lula, ainda conforme Kemp, vai trabalhar muito para garantir a paz e a harmonia entre os que pensam diferente.
O atual vereador atuante de Campo Grande, Ayrton Araújo (PT), também opinou sobre as manifestações e de acordo com o parlamentar, os atos que estão sendo realizados são antidemocráticos e impedem o direito de ir e vir da população.
Ainda conforme Ayrton, protestar é sinônimo de democracia, entretanto, quando se trata de pautas relevantes e que vão afetar a vida da população. “Não há motivo plausível para que as pessoas estejam protestando há tanto tempo. Neste momento, cabe a população aceitar o resultado das eleições e colaborar com o desenvolvimento do Brasil”, afirmou o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Campo Grande.
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