Campo Grande (MS), Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

POLICIAL

Sobrinho desabafa após morte da tia pelo marido com 22 facadas: 'ela já tinha até se escondido dele no mato'

Paulo André encontrou o corpo após ser avisado pelo filho do suspeito.

14/05/2022

16:30

G1

Nadyenka Castro e Liniker Ribeiro

Delzimar e Elenice: relação marcada por ciúmes e brigas, segundo familiares — Foto: Redes sociais

O montador de móveis Paulo André, tinha acabado de chegar em casa com a esposa quando o vizinho "desesperado", pediu: "André", socorre a sua tia, meu pai esfaqueou a Elenice". E assim, na noite dessa sexta-feira, chegou ao fim uma relação que, segundo familiares, era marcada por ameaças e brigas após bebedeiras. O feminicida foi preso em flagrante.

"Ele [suspeito] já tinha ameaçado ela [vítima] uma vez. Ele se escondeu dela no meio do mato. Mas sem a bebida, eles eram de boa. Não sei se eles já tinham se agredido, mas agressão verbal sempre teve", resume o rapaz sobre o relacionamento dos vizinhos.

A diarista Elenice Pinto Martins, de 48 anos, e Delzimar Alves, de 49, se conheceram no bairro São Caetano, onde moravam, e estavam juntos há cerca de três anos. Conforme familiares, um casal "de boa", porém, quando ingeriam bebidas alcoólicas, a realidade era outra. "A gente não se intrometia na vida deles, mas ela reclamava de ciúmes dele".

"Pessoas da nossa família já tinham alertado que, quando ele bebe, fica com esse jeito agressivo. Já tínhamos comentado com ela [vítima] que isso poderia acontecer, por causa da cachaçada", fala o rapaz.

O alerta de parentes para Elenice era baseado nos episódios vividos por ela. Certa vez, conta uma cunhada, ele tentou matá-la com machado. " Uns meses atrás ela me mandou mensagem dizendo que se eu escutasse algum barulho era pra ir lá, porque ele estava tentando matar ela com machado. Depois ela falou que não precisava mais, porque de tão bêbado ele tinha dormido".

Crime

As brigas que familiares sabiam existir resultaram no que eles mais receavam: na morte de Elenice. O filho do suspeito foi quem pediu para Paulo André ir até a casa.

"Eu cheguei em casa com minha esposa, entrei e, depois de uns cinco minutos, escutamos uns gritos fortes, até minha esposa saiu e falou que parecia o grito da minha tia. Mas eu falei que não. Entramos na porta da sala e o filho dele chegou correndo no portão, desesperado, falando 'André, socorre a sua tia, meu pai esfaqueou a Elenice".

Diante disso, o montador de vidros também ficou "desesperado", foi até a casa da tia e se deparou com Delzimar: " Ele tinha cortado o pescoço e estava deitado em cima da cama com a faca. No desespero, eu peguei e tirei a faca dele e fui procurar minha tia. Vi que ele estava conversando, estava bem".

Paulo André não encontrou Elenice e ao sair da residência viu um amigo, pediu ajuda e este então se deparou com o corpo. "Ele entrou e já vou ela caída no chão, embaixo dele [de Delzimar], no vão da cama. Ele [Delzimar] se jogou em cima dela, não sei se para esconder, e ela já estava de olho aberto, pálida".

Os serviços de emergência foram chamados, mas quando chegaram, Elenice já estava morta, atingida por 22 facadas. Delzimar, o marido, foi socorrido para atendimento médico e preso em flagrante.


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