Campo Grande (MS), Domingo, 19 de Janeiro de 2025

Sacolão fecha e 45 funcionários ficam sem salários e direitos trabalhistas na Capital

26/12/2016

17:00

JE

Ki Frutas fechou e proprietária não fez acerto e não atende ligações

Ki Frutas fechou na sexta-feira - Gerson Oliveira / CE
Mercado e sacolão Ki Frutas fechou as portas na última sexta-feira (23) e deixou 45 funcionários sem rescisão contratual e direitos trabalhistas, em Campo Grande. Empregados foram comunicados da demissão sob justificativa de problemas financeiros e não conseguiram mais contato com a proprietária.

De acordo com o gerenciador do setor de hortifruti, de 45 anos, todos os empregados estavam trabalhando normalmente na quinta-feira (22), quando a proprietária teve um desentendimento com uma funcionária por conta de atrasos no pagamento, e anunciou que iria fechar o estabelecimento. Na sexta, o sacolão não abriu.

Segundo o ex-funcionário, a mulher falou para todos comparecerem hoje de manhã em escritório de contabilidade, onde seriam feitos todos os trâmites para a rescisão. No entanto, quando chegaram ao local, o contador informou que não estava sabendo sobre o fechamento e que não poderia fazer nada.

Ainda segundo o gerenciador, o salário estava atrasado há dois meses e funcionários estavam com férias vencidas e sem 13º salário. Com o fechamento do sacolão, eles também não tiveram baixa na carteira, direitos trabalhistas pagos e não conseguem sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou dar entrada no seguro-desemprego.

“Era um sacolão tradicional, todo mundo conhece. O preço não era barato, mas eram produtos de qualidade. Nos últimos meses caiu o fluxo de mercadorias e ficou só no hortifruti e foi fechando devagar”, disse.

Funcionários procuraram o Sindicato dos Empregados do Comércio de Campo Grande (SEC) para tentar resolver a situação, já que a proprietária passou a não atender mais as ligações e nem responder mensagens.

Presidente do sindicato, Elvídeo Barbosa disse ao Portal Correio do Estado que, como representante da categoria, o sindicato precisa da formalização da demissão para fazer os tramites legais. Como não houve a formalidade, a questão precisa ser judicializada.

Por conta do recesso do Judiciário, sindicato aguarda o retorno, no dia 23 de janeiro, para entrar com ações individuais pedindo antecipação de tutela para que os funcionários possam receber pelo menos o FGTS e o seguro-desemprego.

“A gente, como representante da categoria, fica em uma situação difícil. Como o local está fechado, só podemos recorrer ao Judiciário, que está em recesso”, disse.

Em outubro, 25 funcionários do mercado já haviam sido mandados embora e também não receberam salários ou direitos trabalhistas. Conforme o sindicato, ações foram impetradas, porém, ainda não houve decisão. Com o fechamento do mercado, mais 20 foram demitidos.

Tentamos contato com a proprietária do Ki Frutas, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.


Fonte: CE
Por: GLAUCEA VACCARI
Link original: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/sacolao-fecha-e-45-funcionarios-ficam-sem-salario-e-direitos/294279/

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