AMPLA VISÃO
PIX: um recuo com sabor de derrota!
16/01/2025
20:00
MANOEL AFONSO
‘COINCIDÊNCIA’: Prefeito de Ponta Porã, na época, Hélio Peluffo reprovou a renúncia de Marquinhos Trad para disputar o governo estadual. Meses após, ele deixou o cargo para ocupar por pouco tempo a Secretaria Estadual de Infraestrutura. Pior, suas relações com seu sucessor em Ponta azedaram. Como chegar à Assembleia Legislativa em 2026?
PLACAS: Emblemáticas em final de mandato. Têm para todos os gostos. Claro, quem está deixando o poder quer perpetuar sua marca. Em Cuiabá o novo prefeito mandou retirar placas de obras que não tinham sido concluídas, mas entregues a ‘toque de caixa’ pelo antecessor. O fato virou combustível para os discursos críticos.
DEMISSÕES: As notícias mostram que em várias cidades tem havido a dispensa de funcionários municipais por conta do inchaço que inviabiliza as finanças. Uma prática que se renova pelo país afora. Um amigo ex-prefeito do interior sabiamente adverte sobre o fato: “resistir para não admitir – demitir é um horror”.
HERANÇAS: Prefeitos também ‘chiam’ devido aos gastos de última hora de antecessores. Há casos curiosos. Num deles foi comprado café moído suficiente para todo o próximo ano, mas com prazo de validade de 4 meses. Nesta hora vale lembrar que os novos prefeitos sabiam que não disputavam vaga no paraíso. ‘Não adianta chorar’.
SUSPENSE: Discurso de posse é pra se pensar. É o caso da fala do prefeito Marçal Filho (PSDB) de Dourados, que acenou com tese da vice prefeita Gianni Nogueira (PL) disputar um cargo federal em 2026. Como o seu marido Rodolfo é candidato à reeleição na Câmara, restariam duas opções: Senado ou Suplente do mesmo cargo. É esperar...
CAPITAL: Analisando a lista dos secretários e colaboradores da nova administração da prefeita Adriane Lopes (PP), percebe-se que ela juntou a parte técnica com a política. Caiu bem, por exemplo, a escolha do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Youssif Domingos para fazer a articulação com o Legislativo. Conhece do ramo.
ARROZ & FEIJÃO: Observadores experientes entendem que Adriane deva adotar um estilo simples mas eficiente, que atenda a maioria da comunidade. Ainda, não se pode ignorar a presença do deputado Lídio Lopes, um conselheiro de bom calibre como ficou patente ao longo do turbulento processo eleitoral. Ele - um bom articulador.
VOLTA? A Ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) revela que irá apoiar as candidaturas de Lula e Riedel em 2026. Quanto ao seu futuro político, nada decidido. Questiona-se: em qual grupo do Planalto ela teria ambiente para disputar um cargo federal independentemente de eventual fusão da qual o MDB participe.
VEJA BEM: O MDB desgastado aqui por fatores conhecidos enquanto o PSDB, PSD e PP ocupam hoje espaços majoritários no Senado, Governo, Capital e na maioria das cidades. A reeleição da prefeita Adriane na capital deu nova configuração na relação das forças políticas, com destaque para a vitoriosa senadora Tereza Cristina (PP).
QUESTÃO-1: Seria necessário esperar as anunciadas fusões partidárias em nível nacional para se saber quem ficaria com quem. O PSDB – por exemplo – pelo que é noticiado tende a desaparecer. Aqui o partido pode se juntar ao PSD (de Kassab e do senador Nelsinho Trad), ao MDB de Pucinelli ou mesmo ao Republicanos.
QUESTÃO-2: Como pré-candidato ao Senado o ex-governador Reinaldo monitora os acontecimentos nacionais e mantém relação com outras lideranças. Já o governador Eduardo Riedel (PSDB) comunga com a postura de Reinaldo, mas tem evitado se aprofundar nos detalhes de qual caminho seguirá após a fusão. O PSD seria uma opção.
DESEJOS: Deve aumentar a movimentação na Assembleia Legislativa dos pretendentes a futura vaga no Tribunal de Contas ocupada pelo conselheiro Jerson Domingos. Os deputados Marcio Fernandes e Paulo Corrêa aparecem como candidatos com potencial. Cada um deles com sua estratégia para garantir apoio dos colegas.
PROJEÇÃO: Encaminhada, a fusão do PP e Republicanos teria a maior representação na Câmara: 10 senadores, 94 deputados federais. Já no MS ficaria com 201 vereadores, 16 prefeitos, 24 vices e 3 deputados estaduais. Para a senadora Tereza Cristina a propalada participação do União Brasil nesta fusão estaria longe de ocorrer.
ROSE MODESTO: Sem volta à Sudeco, não definiu o caminho para o pleito de 2026. Monitora as negociações da direção nacional do União Brasil (seu partido) e mantém contato com lideranças partidárias locais. Cada eleição tem uma história diferente, mas há de se levar também em conta os 210 mil votos dela na capital em 2024.
LULA & PIX: O Governo adotou a tese de ‘fake’ mas o caso é outro. Monitorando as contas do PIX, a Receita Federal abriria a porta para autuar depois quem recebeu mais de R$5 mil na conta. O Governo menosprezou a nossa inteligência e saiu desgastado. Com isso as chances da candidatura do ministro Fernando Haddad ao Planalto caíram por terra.
IMPOSTO SINDICAL: Se não bastasse o caso PIX, a equipe do Planalto estaria se preparando para lidar com outro espinho cruel: a volta do imposto sindical – onde o trabalhador ‘doa’ um dia de seu trabalho por ano ao sindicato da classe. A bancada oposicionista no Congresso já estaria se preparando para bombardear a infeliz ideia.
LAMENTOS: O ambiente nacional não é de conciliação. Mas se Lula não tem um nome de peso para tentar sucedê-lo, a oposição – embora ruidosa – continua dividida e sem representante vigoroso e unânime de norte a sul. Com isso abre-se espaço para nomes hilários como o cantor Gustavo Lima inclusive. Onde chegamos!
SÓ NO BRASIL: A opinião pública ironiza a campanha do Tribunal Regional do Trabalho de MS com outdoors espalhados na capital fazendo alusão ao seu conceito de transparente. Isso leva-nos a imaginar que poderiam existiriam tribunais sem esse predicado indispensável. Ora! Toda justiça não deve (ou deveria) ser transparente?
GOTAS DIGITAIS:
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