Política Nacional
Tarcísio apoia Flávio Bolsonaro à Presidência, mas admite que direita terá múltiplos candidatos em 2026
Governador de São Paulo minimiza pesquisas, reafirma lealdade a Bolsonaro e cita Caiado, Zema e Ratinho Jr. como alternativas do campo conservador
09/12/2025
06:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta segunda-feira (8) apoio à pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República, mas afirmou que a direita não terá candidatura única nas eleições de 2026. Segundo ele, outros importantes nomes da oposição também estão colocados no cenário nacional.
As declarações ocorreram durante uma entrevista coletiva em Diadema (SP), durante a inauguração de um posto de saúde.
Tarcísio destacou que a decisão segue a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro e reforçou sua relação de fidelidade política:
“O presidente Bolsonaro é uma pessoa que eu respeito muito. Sempre disse que seria leal a ele, que sou grato ao Bolsonaro e tenho essa lealdade inegociável. Ele disse, o Flávio, da escolha dele, e é isso.”
O governador confirmou que Flávio Bolsonaro contará com seu apoio político, mas ressaltou que o campo conservador terá outros nomes na disputa.
Ao falar sobre o cenário eleitoral, Tarcísio afirmou que Flávio se junta a outros pré-candidatos da oposição já colocados:
Ronaldo Caiado (União Brasil) – governador de Goiás
Romeu Zema (Novo) – governador de Minas Gerais
Ratinho Jr. (PSD) – governador do Paraná
“O Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora, que se junta a outros grandes nomes da oposição”, afirmou o governador.
Questionado sobre a pesquisa Datafolha, que o colocou mais bem posicionado do que Flávio Bolsonaro em um eventual confronto com o presidente Lula (PT), Tarcísio evitou confronto direto:
“Isso a gente vai avaliar com o tempo. Está cedo. A gente tem tempo de maturação.”
Apesar de tentar fugir do debate eleitoral durante a entrevista, Tarcísio adotou um tom crítico em relação ao governo federal, defendendo mudanças estruturais no país:
“A gente precisa discutir as questões estruturais do Brasil. Vamos organizar esse grupo da direita porque há convergência de ideias e de plano para encontrar soluções.”
Nos bastidores, aliados de Tarcísio avaliaram que o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro foi interpretado como uma humilhação política, ao sinalizar que o governador de São Paulo não teria autonomia plena dentro do campo bolsonarista.
Antes do anúncio de Flávio, Tarcísio vinha sendo apontado por dirigentes da centro-direita como o principal nome para enfrentar Lula em 2026. Em novembro, durante palestra ao Grupo G4 Educação, chegou a afirmar que, se fosse feita a “troca do CEO”, o Brasil voltaria a funcionar — fala interpretada como crítica direta ao presidente.
Entretanto, após o trânsito em julgado da condenação de Jair Bolsonaro no STF, no dia 25 de novembro, Tarcísio declarou que estava “fora do bolo” de pré-candidatos ao Planalto.
Durante o evento em Diadema, Tarcísio foi recebido por apoiadores com gritos de “presidente”. O governador não reprimiu as manifestações, mas também evitou comentar diretamente o conteúdo dos gritos.
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