Política / Justiça
Flávio Bolsonaro reafirma que foco é o PL da Anistia e descarta qualquer acordo sobre dosimetria
Senador diz que oposição pressionará Hugo Motta para pautar a anistia e promete usar instrumentos regimentais para aprovar o texto
24/11/2025
19:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira (24) que a oposição concentrará esforços para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o PL da Anistia. Segundo ele, está “fora de cogitação” qualquer acordo que envolva redução de penas por meio do PL da Dosimetria, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
“Nosso objetivo único é aprovar o PL da Anistia na Câmara dos Deputados e, em tendo êxito, no Senado”, declarou Flávio após reunião da bancada do PL em Brasília.
O parlamentar reforçou que não participará de negociações sobre dosimetria:
“Sempre deixamos claro que esse tipo de acordo nós não faríamos. O relator apresenta o texto dele, e nós vamos usar os artifícios regimentais para aprovar a anistia.”
A estratégia discutida pela oposição é tentar aprovar a anistia por meio de destaque em plenário, caso a matéria avance.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou ter conversado tanto com Hugo Motta quanto com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Segundo ele, há “amadurecimento” para que o tema volte à agenda legislativa.
Marinho relatou que falou com Motta no sábado, dia da prisão do ex-presidente, e que o presidente da Câmara estaria consultando líderes sobre a possibilidade de pautar a proposta.
Apesar de discussões anteriores sobre eventual obstrução, parlamentares do PL afirmam que o objetivo agora é “destravar a pauta” para votar a anistia o quanto antes.
A prisão preventiva do ex-presidente — decretada após a PF apontar risco de fuga e a violação da tornozeleira eletrônica — alterou o clima político na Câmara. Motta vinha sinalizando interesse em retomar o debate sobre a anistia, mas enfrenta forte desgaste após a votação de pautas controversas, como a PEC da Blindagem.
A tendência, segundo interlocutores, é que Motta evite novos confrontos em pleno ano pré-eleitoral.
A operação da PF ocorreu na madrugada de sábado (22/11) com base em indícios de que a vigília convocada por Flávio Bolsonaro poderia facilitar eventual fuga.
O ex-presidente está condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF na ação da trama golpista.
A decisão de Alexandre de Moraes também cita a tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica. Um vídeo anexado aos autos mostra Bolsonaro admitindo ter usado um ferro de solda para queimar o equipamento, que precisou ser substituído horas antes da deflagração da operação.
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