Política / Justiça
“Violência jurídica e política”, diz João Henrique Catan sobre prisão de Jair Bolsonaro
Deputado estadual afirma que decisão é arbitrária, afronta a Constituição e tem objetivo de produzir impacto político
22/11/2025
07:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) classificou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma “violência jurídica e política” que, segundo ele, afronta a Constituição e representa perseguição a adversários ideológicos.
Bolsonaro foi detido por volta das 6h desta sábado (22) e levado à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para cumprir medida cautelar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu após suposta violação da tornozeleira eletrônica durante a madrugada.
Para Catan, a prisão reforça o uso do aparato estatal contra opositores:
“Trata-se de uma decisão arbitrária, desproporcional e divorciada do sentimento de justiça da maioria do povo brasileiro.”
O parlamentar afirma que a medida faz parte de um ambiente político “de exceção”:
“A prisão expõe, mais uma vez, o uso do Estado para perseguir adversários ideológicos. É um caráter de exceção que vem sendo normalizado no país.”
O deputado estadual também questionou a escolha do momento em que a ordem foi decretada:
“A forma, o momento – dia 22 – e o contexto revelam um movimento calculado, milimetricamente pensado para produzir impacto político e intimidação.”
Ele destacou que, como representante da direita e eleitorado bolsonarista, considera impossível permanecer em silêncio diante da prisão:
“Como deputado estadual de direita, defensor das liberdades individuais e do voto de milhões de brasileiros que acreditam em Jair Bolsonaro, é impossível silenciar diante de uma injustiça desse tamanho.”
A prisão preventiva foi decretada após o STF identificar:
violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado;
risco elevado de fuga;
possibilidade de que uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro pudesse atrapalhar a fiscalização das medidas cautelares.
Bolsonaro permanece em uma Sala de Estado na PF, espaço reservado para ex-presidentes e altas autoridades.
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