Política / Infraestrutura
Lula inaugura ponte sobre o Rio Araguaia que liga Tocantins e Pará e critica paralisação de obras públicas
Estrutura de 2 km substitui travessia por balsas e fortalece corredor logístico da BR-153; investimento total é de R$ 232,3 milhões
18/11/2025
13:00
DA REDAÇÃO
© Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta terça-feira (18), a nova ponte sobre o Rio Araguaia, que conecta Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA), na BR-153. A obra, iniciada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, substitui a travessia por balsas — que custavam mais de R$ 300 por viagem — e representa um avanço estratégico para a mobilidade e o desenvolvimento econômico da região Norte.
Com 2.010 metros de extensão, a ponte faz parte das entregas do Novo PAC, que destinou R$ 28,8 milhões ao empreendimento. O investimento total foi de R$ 232,3 milhões.
Durante o discurso, Lula reforçou a necessidade de continuidade de obras públicas, independentemente do governo que as iniciou.
“O que importa é que, se a obra for importante, o povo precisa dela. Este país sempre pagou caro pela irresponsabilidade de quem não dá andamento ao que o outro começou.”
O presidente lembrou que, quando assumiu o terceiro mandato, encontrou centenas de obras paradas, e defendeu que disputas políticas não podem afetar o interesse público.
Para o governo, a ponte é um marco para o corredor logístico da BR-153, facilitando:
o escoamento da produção agropecuária,
o transporte de cargas industriais,
o fluxo de pessoas entre os dois estados.
A obra, segundo o Planalto, trará mais segurança aos usuários e impulsionará a economia local.
A segunda fase do projeto prevê a instalação de iluminação pública, já em planejamento pelo Dnit, com licitação prevista para o primeiro semestre de 2026.
Lula também rebateu declarações do primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, que teria dito que os jornalistas alemães ficaram “felizes” por deixar Belém após participação na COP30.
“Ele devia ter ido num boteco no Pará, dançado, provado a culinária. Berlim não oferece 10% da qualidade do Pará”, disse Lula, citando ainda o prato típico maniçoba.
O presidente defendeu a escolha de Belém como sede da conferência, lembrando as críticas que antecederam o evento, como preços altos, estrutura limitada e o fato de ser “no meio do mato”.
“O Pará saiu do anonimato. O mundo inteiro sabe que existe o estado do Pará e a cidade de Belém, pobre, mas com um povo generoso como poucos no mundo.”
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