A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) oficializou nesta segunda-feira (27) o contrato de R$ 102 milhões para a construção do novo plenário da Casa de Leis, que será erguido em Campo Grande. A obra ficará a cargo do Consórcio Novo Plenário, formado pelas empresas Paulitec Construções LTDA e Tecnoedil S.A. Constructora, as mesmas responsáveis pela Ponte Internacional da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (Paraguai).

O prazo para conclusão é de um ano e meio (18 meses), contados a partir da assinatura da ordem de serviço.

Estrutura moderna e funcional

A nova sede legislativa, com 11.382 m², terá formato circular e capacidade para cerca de 700 pessoas — mais que o dobro do atual plenário. O projeto, aprovado pela Mesa Diretora em março de 2025, foi concebido para atender à crescente demanda de público durante sessões solenes e audiências públicas de grande repercussão, como o debate sobre a proibição da pesca no Estado, que chegou a lotar o plenário anterior.

O espaço contará com:

• Galerias públicas e mesa diretora com acessos privativos;

• Salas técnicas de taquigrafia, cerimonial e assessoria;

• Estúdios da TV e Rádio ALEMS, com infraestrutura de som, imagem e transmissão digital;

• Sala médica com acessibilidade, sala VIP, recepção com controle eletrônico, salas de imprensa, sanitários acessíveis, copa e CPD (Centro de Processamento de Dados).

Tecnologia e sustentabilidade

O projeto contempla sistemas modernos de climatização central, iluminação dimerizável, painéis de LED, votação eletrônica, segurança eletrônica e energia redundante com nobreaks e geradores. A construção também incluirá subestação elétrica, sistema de prevenção a incêndio, acessibilidade total e automação predial integrada.

A estrutura será erguida com estrutura metálica em steel framing e steel deck, cobertura termoacústica, fechamentos leves, e materiais de alta durabilidade. O contrato prevê a entrega “chave na mão”, incluindo materiais e mão de obra completos.

Orçamento e critérios técnicos

Os custos foram calculados com base no Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), da Caixa Econômica Federal, e na Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), atualizados para janeiro de 2025.

Para itens fora da padronização, foram usadas composições técnicas próprias e um BDI (Bonificação e Despesas Indiretas) de 23,53%, percentual considerado padrão para obras públicas de alta complexidade.

Etapas da obra

O contrato prevê etapas como:

• Mobilização e instalação do canteiro;

• Demolições e terraplenagem;

• Fundações e estrutura metálica;

• Instalações elétricas e hidrossanitárias;

• Impermeabilização e pintura;

• Urbanização, acessos e limpeza final.

Com o novo plenário, a ALEMS pretende consolidar um marco arquitetônico e funcional no centro político de Mato Grosso do Sul, refletindo a modernização e transparência do Legislativo estadual.