Política Internacional
Trump afirma que os EUA ajudaram Milei a vencer eleições legislativas na Argentina
Presidente norte-americano cita pacote de apoio de até US$ 40 bilhões e diz que vitória foi “um grande acontecimento”
27/10/2025
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante entrevista concedida nesta segunda-feira (27), em meio à viagem pela Ásia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o governo norte-americano teve “papel fundamental” na vitória do partido de Javier Milei nas eleições legislativas argentinas, realizadas no domingo (26).
Segundo Trump, a ajuda dos EUA incluiu apoio financeiro, político e diplomático, com um pacote de resgate de até US$ 40 bilhões para fortalecer o governo argentino e sustentar a agenda econômica liberal de Milei.
“Ele teve muita ajuda de nossa parte. Eu lhe dei um endosso muito forte”, declarou Trump, acrescentando que “foi uma grande vitória, um acontecimento importante”.
De acordo com o presidente norte-americano, o pacote envolveu um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões, já assinado, e uma proposta adicional de investimento em dívida pública de outros US$ 20 bilhões.
Trump elogiou o desempenho do mercado argentino após o pleito, destacando que os títulos do país se valorizaram.
“Ganhamos muito dinheiro com base nessa eleição, porque os títulos subiram. Toda a recomendação da dívida deles subiu. Mas nós não estávamos nisso apenas pelo dinheiro”, afirmou.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que acompanhava o presidente no voo, confirmou que a operação foi concebida como uma “ponte financeira” para sustentar o programa econômico argentino.
“Ele [Milei] está trabalhando contra 100 anos de políticas ruins. Vai acabar com elas graças ao apoio dos EUA”, disse Bessent.
A vitória legislativa fortalece o mandato de Milei para avançar com suas reformas econômicas de austeridade e desregulamentação, mesmo diante de forte resistência social na Argentina.
Analistas veem o gesto de Trump como um sinal de reaproximação com governos alinhados à direita liberal na América do Sul. O próprio presidente norte-americano afirmou que pretende “manter fidelidade e cooperação” com países da região.
“Estamos nos concentrando muito na América do Sul. Estamos nos mantendo fiéis a muitos países do continente”, destacou.
Na semana anterior às eleições, a agência Fitch Ratings havia alertado para a possibilidade de rebaixamento da nota de crédito argentina, mas reconheceu que o apoio dos Estados Unidos ajudou a estabilizar o mercado financeiro, evitando o corte.
Ainda assim, a Fitch apontou que o país precisa reconstruir suas reservas cambiais e adotar um plano econômico mais amplo para garantir um upgrade futuro da classificação de risco.
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