Política / Assembleia Legislativa
Kemp denuncia colapso na Saúde Pública de Campo Grande e cobra ações urgentes da Prefeitura e do Governo do Estado
Deputado aponta superlotação em hospitais e UPAs, falta de leitos e suspensão de cirurgias em meio a crise do SUS na Capital
21/10/2025
10:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) nesta terça-feira (21) para denunciar o que classificou como um “colapso na Saúde Pública de Campo Grande”, cobrando medidas urgentes da Prefeitura e do Governo do Estado para enfrentar a superlotação das unidades hospitalares e garantir atendimento digno à população.
“No dia de ontem, quase 100 pessoas estavam em leitos improvisados nos hospitais e UPAs que atendem o Sistema Único de Saúde. Temos uma demanda por vagas que não consegue atender todos os casos, incluindo os emergenciais. A situação é de caos e precisa ser enfrentada com urgência”, afirmou o parlamentar.
Durante o pronunciamento, Kemp relatou dados alarmantes sobre a ocupação hospitalar em unidades que atendem pelo SUS. Segundo ele, a Santa Casa de Campo Grande, principal hospital de referência, opera acima da capacidade:
58 pacientes estavam internados na área verde, que comporta apenas sete vagas;
Na área vermelha, voltada a emergências graves, nove pacientes ocupavam seis vagas disponíveis.
“Temos uma paciente com câncer de mama que teve a cirurgia suspensa. A pessoa entra em desespero, porque não pode esperar. É desumano o que está acontecendo”, lamentou o deputado.
Kemp reforçou que a falta de recursos repassados ao hospital compromete o atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A Santa Casa recebe recursos públicos e atende planos particulares, mas quando se trata do SUS, o atendimento está prejudicado porque não estão recebendo os repasses devidos”, denunciou.
O deputado relatou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais da Capital também estão lotados, com pacientes em leitos improvisados e macas nos corredores. Segundo Kemp, os profissionais de saúde têm atuado no limite, tentando evitar a omissão de atendimento, mesmo em condições inadequadas.
“Quando a Central de Regulação destina um paciente em emergência, o hospital o coloca em uma maca, porque não pode recusar o atendimento. Mas já estão operando muito além da capacidade física e humana”, alertou.
Kemp cobrou uma ação imediata da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES), pedindo a formação de um comitê emergencial entre os entes federativos para solucionar a crise.
“Fica o alerta à Secretaria de Saúde: é preciso reunir os gestores, encontrar soluções e garantir que os recursos cheguem aos hospitais. A população está sofrendo, e a omissão não pode continuar”, enfatizou.
O parlamentar destacou que a falta de leitos e de planejamento na gestão do sistema agrava a vulnerabilidade dos pacientes e afeta a confiança da população nos serviços públicos de saúde.
Nos últimos meses, hospitais e UPAs de Campo Grande têm registrado superlotação crônica, com aumento da demanda por atendimentos de urgência e atrasos em repasses de recursos. A Santa Casa, principal referência hospitalar, é responsável por grande parte das cirurgias e emergências do SUS e tem alertado para a insuficiência de repasses financeiros.
A denúncia de Kemp reacende o debate sobre a responsabilidade compartilhada entre os entes públicos e a necessidade de reestruturação da rede hospitalar da Capital.
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