Política / Justiça
STJ julga em novembro recurso de Ronaldo Chadid e decidirá se mantém afastamento do TCE-MS por mais um ano
Conselheiro está fora do cargo desde 2022 por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Terceirização do Ouro
15/10/2025
16:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 5 de novembro o julgamento do recurso apresentado pelo conselheiro afastado Ronaldo Chadid, do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), investigado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Terceirização do Ouro, deflagrada pela Polícia Federal.
A sessão será realizada pela Corte Especial do STJ, composta pelos 15 ministros mais antigos da Corte, e decidirá se mantém a decisão do ministro Francisco Falcão, que prorrogou por mais um ano o afastamento de Chadid do cargo.
O conselheiro está afastado desde dezembro de 2022 e, em agosto de 2024, tornou-se réu por lavagem de dinheiro, junto com sua assessora Thais Xavier. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) após a PF apontar indícios de movimentações financeiras irregulares e contratos suspeitos ligados ao Tribunal de Contas.
“A sessão do dia 5 será determinante para definir se a decisão monocrática do ministro Falcão será mantida ou revista, conforme o agravo regimental apresentado pela defesa de Chadid”, explica o despacho publicado pelo STJ.
No dia 7 de agosto, o STJ aceitou a denúncia contra Chadid e Thais Xavier, tornando ambos réus. Na ocasião, o relator Francisco Falcão votou pela manutenção das medidas cautelares — afastamento do cargo e uso de tornozeleira eletrônica — aplicadas exclusivamente ao conselheiro, decisão que foi confirmada por unanimidade pela Corte Especial.
Atualmente, Ronaldo Chadid, Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves permanecem afastados do TCE-MS e seguem monitorados eletronicamente desde a deflagração da Operação Terceirização do Ouro, que apura pagamentos indevidos e favorecimento em contratos de terceirização de serviços no órgão.
Paralelamente ao processo no STJ, Chadid tentou recuperar o salário bruto de R$ 98 mil, suspenso após seu afastamento, mas teve o pedido negado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
O colegiado, composto por 10 desembargadores, rejeitou por unanimidade o mandado de segurança impetrado pelo conselheiro, que alegava “dificuldades diárias” sem a remuneração integral. A Corte manteve a decisão anterior que retirou os adicionais de função e manteve o corte salarial proporcional à situação de afastamento.
Com o julgamento marcado para 5 de novembro, o STJ avaliará se mantém as cautelares impostas a Chadid ou se acolhe o pedido de sua defesa para encerrar o afastamento. Caso a decisão de Falcão seja confirmada, o conselheiro seguirá fora do TCE-MS até pelo menos o final de 2025, enquanto o processo criminal continua tramitando.
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