Política / Eleições 2026
Azambuja, Loubet e Pollon assumem o protagonismo nas articulações políticas para 2026 em MS
Ex-governador, deputado e líder conservador estruturam três polos distintos na disputa pelo Governo e Senado
05/10/2025
09:45
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A pouco mais de um ano das eleições de 2026, Mato Grosso do Sul começa a desenhar o tabuleiro político com três polos de articulação claramente definidos, liderados por Reinaldo Azambuja (PL), Vander Loubet (PT) e Marcos Pollon (sem partido definido). Cada um deles mobiliza alianças e estratégias distintas na corrida por espaço nas chapas majoritárias (Governo e Senado) e proporcionais (deputados estaduais e federais).
O ex-governador Reinaldo Azambuja, que recentemente trocou o PSDB pelo PL, desponta como o principal articulador do campo da direita em Mato Grosso do Sul. Ele tem como meta montar uma “ampla frente conservadora” para fazer oposição ao que chamou de “Lula 4”, em referência a um eventual quarto mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Estamos compondo uma ampla frente de direita em Mato Grosso do Sul para fazer oposição ao que chamamos de Lula4”, declarou Azambuja.
O bloco reúne PL, PP e PSDB, e busca ainda atrair MDB e Republicanos. Embora o grupo conte com nomes de peso — como o governador Eduardo Riedel e a senadora Tereza Cristina —, as decisões passam pelo aval direto de Azambuja.
Entre os principais desafios, está o congestionamento de pré-candidatos ao Senado, onde o ex-governador pretende ocupar uma das vagas. A outra é disputada por Gerson Claro (PP) e Giani Nogueira (PL), vice-prefeita de Dourados apadrinhada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No campo da esquerda, o deputado federal Vander Loubet, presidente regional do PT, lidera as negociações para fortalecer o grupo governista e atrair aliados moderados.
“Estamos alinhando as forças do campo progressista e de centro com lideranças de partidos que fazem parte do Governo do presidente Lula”, afirmou Loubet.
Entre as principais movimentações estão a filiação do ex-deputado Fábio Trad ao PT e a aproximação com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Loubet também tenta uma ponte com o senador Nelsinho Trad (PSD), que teria sido preterido pelo grupo de Eduardo Riedel em seu projeto de reeleição.
O desafio, no entanto, é administrar as tensões internas do PT, tradicionalmente dividido entre alas mais radicais e pragmáticas.
Por sua vez, o advogado e deputado federal Marcos Pollon, figura influente entre os conservadores, tenta se firmar como nome competitivo para o Governo do Estado. Ele busca o apoio do Republicanos, partido que avalia respaldar sua candidatura ao Senado, mas ainda aguarda definições sobre o futuro político do Capitão Renan Contar (PRTB) — cuja adesão seria decisiva para viabilizar o projeto.
“Coloquei meu nome como pré-candidato ao governo, para que a direita tenha representação verdadeira em Mato Grosso do Sul”, anunciou Pollon.
Pollon pode migrar para Partido Novo, Republicanos ou permanecer no PRTB, contando ainda com o apoio de dissidentes do PL, como o deputado estadual João Henrique Catan. Sua meta é unificar os setores mais conservadores e fortalecer um polo alternativo à hegemonia de Azambuja dentro da direita.
Com Azambuja liderando o campo liberal-conservador, Loubet consolidando o progressismo lulista e Pollon tentando representar a direita ideológica, o cenário eleitoral de 2026 em Mato Grosso do Sul se desenha em três eixos distintos de poder.
As alianças que se consolidarem nos próximos meses definirão não apenas as candidaturas ao Governo e Senado, mas também o equilíbrio político no Estado para os próximos anos.
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