Campo Grande (MS), Domingo, 28 de Setembro de 2025

Interior / Bataguassu

Zona de Exportação de Bataguassu será concluída até 2026 e deve replicar experiência do Ceará

Com investimento de R$ 50 milhões, complexo deve impulsionar exportações e reforçar o “Vale da Celulose” em Mato Grosso do Sul

28/09/2025

07:30

PERFIL NEWS

DA REDAÇÃO

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A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Bataguassu, no leste de Mato Grosso do Sul, avança em ritmo acelerado e deve ser entregue dentro do cronograma oficial, previsto para março de 2026. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), esposo da prefeita Wanderleia Caravina (PSDB), que destacou inclusive a possibilidade de entrega antecipada.

O secretário estadual da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, reforçou que o projeto ainda registra baixa procura por parte de empresas. Para enfrentar o desafio, o governo estuda adotar o modelo da ZPE do Ceará, integrada ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que em 2024 movimentou mais de 10,5 milhões de toneladas de cargas — o equivalente a 54% de toda a operação do porto.

Estrutura e investimentos

  • Investimento total: R$ 50 milhões.

  • Localização: às margens da MS-395, entre Bataguassu e Brasilândia.

  • Prazo oficial: março de 2026.

  • Primeiro prédio industrial: conclusão prevista até dezembro de 2025 (antecipada pela Egezpe, empresa responsável).

  • Benefícios às empresas: isenção de tributos federais sobre exportações, alfandegamento e incentivos fiscais para indústrias em um raio de até 30 km.

A expectativa é de que a ZPE transforme Bataguassu em um polo estratégico de exportação, atraindo indústrias voltadas ao mercado internacional.

Conexão com o “Vale da Celulose”

O município já está inserido na região conhecida como “Vale da Celulose”, que concentra grandes investimentos no setor. A futura fábrica da Bracell, com obras previstas para fevereiro de 2026, deve receber US$ 4 bilhões em investimentos, com capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano. O empreendimento deve gerar 10 mil empregos temporários na construção e 3 mil postos fixos na operação.

Atualmente, Mato Grosso do Sul responde por 24% da produção nacional de celulose e ocupa a segunda posição em área plantada de eucalipto, atrás apenas de Minas Gerais.

Impactos socioeconômicos

O avanço industrial já provoca mudanças em Bataguassu, semelhantes às observadas em municípios vizinhos como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Inocência:

  • Déficit de mão de obra especializada, levando empresas a buscar profissionais em outros municípios e Estados.

  • Crescimento acelerado do setor de serviços, incluindo hotéis, restaurantes e comércio.

  • Aquecimento imobiliário, com imóveis rapidamente ocupados e novas construções em andamento para suprir a demanda.


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