Política / Eleições 2026
Com apoio de Lula, Simone Tebet desponta em São Paulo como aposta para o Senado e projeto para 2030
Ministra do Planejamento lidera pesquisa Atlas Intel, é cortejada por aliados do presidente e movimenta bastidores também em Mato Grosso do Sul
10/09/2025
10:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), começa a ganhar protagonismo no cenário nacional como possível candidata ao Senado por São Paulo em 2026, com apoio direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de setores do PT paulista. A movimentação foi reforçada por pesquisa Atlas Intel que a coloca na liderança da disputa, à frente de nomes como Fernando Haddad (PT), Eduardo Bolsonaro (PL) e Guilherme Derrite (PL).
Mais que a disputa de 2026, a articulação do grupo Prerrogativas — coletivo de juristas e intelectuais próximos ao governo — mira em um projeto de longo prazo: fortalecer Simone como alternativa presidencial em 2030, em um cenário considerado menos polarizado.
“É uma mulher jovem, pode se preparar para coisas maiores. Ainda terá um papel decisivo na vida política brasileira”, afirmou Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas.
Simone Tebet (MDB) – 22,1%
Fernando Haddad (PT) – 19,7%
Eduardo Bolsonaro (PL) – 14,8%
Guilherme Derrite (PL) – 14,4%
Nesta quinta-feira (11), um jantar organizado pelo empresário Sérgio Zimerman (Petz) reunirá cerca de 200 convidados em São Paulo, simbolizando a entrada de Simone no tabuleiro paulista. Embora evite falar em candidatura, a ministra tem sido “super festejada”, nas palavras de Marco Aurélio, e cortejada por partidos da base de Lula.
A movimentação paulista já provoca impactos em Mato Grosso do Sul, reduto político da ministra. Internamente, o MDB local admite dificuldade em conciliar a candidatura de Simone com as alianças regionais de Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB). O ex-governador Zeca do PT avalia que a saída de Simone do jogo estadual pode abrir espaço para novas lideranças, como Fábio Trad (PT), cotado para disputar o governo em 2026.
“Se sairmos com o Fábio, e na extrema direita tiver alguém como o Contar de novo, complica a vida do Riedel. Aí passa a ser eleição em dois turnos”, disse Zeca.
É vista por Lula como figura leal, preparada e estratégica;
Teve em São Paulo sua melhor votação presidencial em 2022;
Pode disputar pelo MDB, mas também há hipótese de candidatura pelo PSB caso Baleia Rossi, presidente nacional da sigla, mantenha resistência.
Sua candidatura ajudaria a esquerda a disputar duas vagas ao Senado em 2026, considerado um palco central da crise institucional diante da extrema direita e do STF.
O grupo próximo a Lula vê em Simone um nome capaz de transitar entre esquerda, centro e parte da direita moderada. Caso se eleja senadora por São Paulo, avaliam que se tornará protagonista no Congresso e potencial candidata à Presidência em 2030.
“Ter a Simone seria um luxo. Eleitoralmente, teria votos da esquerda, do centro e até de uma direita civilizada. Isso a torna imbatível em São Paulo”, concluiu Marco Aurélio.
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