Política / Justiça
Governo calcula maioria na CPMI do INSS e deve mirar ex-ministros de Bolsonaro
Aliados de Lula dizem ter até 18 votos no colegiado e articulam convocação de Paulo Guedes; estratégia foi definida em reunião no Planalto
26/08/2025
07:15
DA REDAÇÃO
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Mesmo após a derrota na eleição para o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada na semana passada, parlamentares governistas avaliam que o governo entrará na fase de votações com maioria de até 18 dos 31 votos do colegiado. O cálculo é de integrantes da tropa de choque aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A CPMI conta com 32 membros, mas o presidente — eleito senador Carlos Viana (Podemos-MG), da oposição — não vota.
Após o revés na escolha dos cargos de comando, o Palácio do Planalto convocou ministros e líderes da base para uma reunião na segunda-feira (25/8). O encontro serviu para alinhar estratégias e reforçar a necessidade de presença integral dos aliados nas reuniões da comissão, a fim de evitar novas derrotas.
Segundo participantes, o discurso acordado foi o de que o governo não teme a investigação e deseja que os trabalhos avancem, ainda que isso inclua a convocação de ministros da atual gestão.
Ao mesmo tempo, a tropa de choque governista articula convocar ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL). Entre os nomes cotados está o do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, que deve ser alvo de requerimentos da base governista já nas primeiras votações.
A primeira reunião oficial da CPMI ocorre nesta terça-feira (26/8), com a análise de 35 requerimentos.
O governo tenta transformar a derrota inicial na eleição da presidência em episódio isolado, atribuindo o resultado à ausência de senadores aliados no dia da votação.
A base calcula que, com presença total, terá maioria confortável para aprovar convocações estratégicas e direcionar o andamento da investigação.
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