Campo Grande (MS), Sexta-feira, 22 de Agosto de 2025

Política Internacional

Governo Trump avalia devolver visto a Fachin em meio a estratégia pós-condenação de Bolsonaro

Casa Branca estuda gesto diplomático como aceno ao STF, onde Fachin assumirá a presidência em setembro e poderá decidir sobre recurso do ex-presidente

22/08/2025

08:15

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O governo do ex-presidente Donald Trump avalia devolver o visto norte-americano do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma estratégia voltada para o cenário político e jurídico brasileiro após a provável condenação de Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do STF.

O julgamento deve ocorrer no próximo mês e, segundo aliados do próprio ex-presidente, a condenação é considerada praticamente certa no colegiado, composto por cinco magistrados.

Fachin e o papel no STF

A partir de 28 de setembro, Edson Fachin assumirá a presidência do STF. Caberá a ele decidir sobre eventual recurso da defesa de Bolsonaro para que o caso seja reapreciado pelo plenário da Corte, formado por 11 ministros.

De acordo com integrantes do Departamento de Estado norte-americano, Fachin não tem protagonizado atritos diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos, sendo visto em Washington como um potencial “pacificador” em meio à crise. A devolução do visto seria interpretada como um gesto político da Casa Branca.

Apesar da movimentação, Fachin não sinalizou qualquer intenção de divergir da atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que investiga Bolsonaro.

Vistos suspensos

Atualmente, entre os 11 ministros do STF, apenas André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Luiz Fux mantiveram seus vistos válidos. Os demais — Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Cristiano Zanin — tiveram o documento suspenso pelo governo Trump.

Articulações políticas

As discussões sobre a devolução do visto de Fachin envolvem não apenas membros do governo dos EUA, mas também o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, ambos próximos de Trump e de seu estrategista político Steve Bannon.


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