Campo Grande (MS), Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025

Política Internacional

Presidente argentino Javier Milei e irmã são denunciados por corrupção em contratos médicos

Esquema envolve sobrepreços, propinas e desvio de recursos na Agência Nacional de Deficiência; aliados próximos também são citados

21/08/2025

07:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O presidente da Argentina, Javier Milei, e sua irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, foram denunciados por participação em um suposto esquema de corrupção ligado à Agência Nacional de Deficiência (Andis). A acusação aponta irregularidades em contratos de fornecimento de medicamentos, com prática de sobrepreços, propinas e desvio de recursos públicos.

A denúncia foi apresentada pelo advogado Gregorio Dalbón, representante da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner. Segundo ele, houve “cobrança e pagamento de propinas relacionadas à compra e fornecimento de medicamentos”, configurando crimes como conluio, administração fraudulenta, negociações incompatíveis com a função pública e violação da lei de Ética Pública.

Nomes envolvidos na denúncia

Além dos irmãos Milei, também foram citados:

  • Eduardo “Lule” Menem, assessor próximo do presidente;

  • Diego Spagnuolo, chefe da Andis;

  • Eduardo Kovalivker, empresário dono de distribuidora de medicamentos.

Áudios comprometedores

A acusação ganhou força após a imprensa argentina divulgar áudios atribuídos a Spagnuolo, nos quais ele detalharia o esquema de subornos.

  • Em uma gravação, admite a existência da rede e afirma que “o presidente não está envolvido, mas é toda a gente dele”.

  • Em outra, menciona que Milei foi alertado sobre as irregularidades e que parte da operação estaria ligada a uma empresa da família Menem.

Pedido de investigação

Dalbón solicitou:

  • buscas nas sedes da Andis, da Secretaria-Geral da Presidência e da empresa de medicamentos;

  • análise de movimentações financeiras relacionadas ao caso.

Paralelamente, opositores exigem que Karina Milei e Diego Spagnuolo sejam convocados a depor no Parlamento.

Contexto político

O caso estourou em meio a uma sessão legislativa que discutia a declaração de emergência em matéria de deficiência, medida que obrigaria o governo a ampliar recursos destinados ao setor. O projeto, entretanto, foi vetado por Javier Milei no início de agosto, aumentando a pressão política sobre a gestão.


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