Política / Partidos
Governador Eduardo Riedel oficializa filiação ao PP em evento em Brasília nesta terça-feira (19)
Saída do PSDB ocorre em busca de fortalecimento político para a reeleição em 2026; ato conta com apoio da senadora Tereza Cristina
19/08/2025
07:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, oficializa nesta terça-feira (19) sua filiação ao Progressistas (PP), durante a Convenção Nacional do partido, em Brasília. O evento acontece a partir das 9h, no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, e marca a saída do governador do PSDB, sigla em que construiu sua trajetória política.
A mudança ocorre em meio ao enfraquecimento nacional do PSDB e à busca de Riedel por uma legenda com maior musculatura para a disputa da reeleição em 2026.
A decisão de Riedel contou com o apoio direto da senadora Tereza Cristina (PP-MS), presidente estadual do partido. Ela foi uma das principais articuladoras do movimento, assim como já havia sido em 2022, quando intercedeu em Brasília para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantivesse neutro no segundo turno da eleição estadual, evitando apoiar o adversário de Riedel, Capitão Contar (PRTB).
O ingresso do governador no PP também foi confirmado pelo gabinete do senador Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla.
O PSDB vive um processo de esvaziamento em todo o país. Entre seus três governadores eleitos em 2022, apenas Riedel permanecia na legenda. Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) já migraram para o PSD, presidido por Gilberto Kassab, que também chegou a convidar Riedel.
Em Mato Grosso do Sul, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, esteve nesta segunda-feira (18) em Campo Grande para tentar manter a unidade partidária. Reuniões com deputados federais e lideranças locais discutiram os rumos da sigla, que agora articula uma possível federação com MDB e Republicanos.
O ex-governador Reinaldo Azambuja, principal liderança tucana no Estado, também deve deixar o partido. Ele anunciou planos de se filiar ao PL em setembro, em movimento que busca fortalecer a base de apoio à reeleição de Riedel.
Segundo Perillo, os três deputados federais do PSDB de Mato Grosso do Sul devem permanecer na sigla, mesmo com a saída de Riedel e a possível ida de Azambuja para o PL. A meta do partido é dobrar a bancada federal em 2026, eleger senadores e apoiar candidaturas a governos estaduais.
Para isso, a direção nacional promete oferecer apoio financeiro e estrutural, garantindo recursos do fundo eleitoral e tempo de TV. No entanto, a perda de Riedel representa mais um golpe no protagonismo histórico tucano no Estado.
PSDB: governou o Brasil entre 1995 e 2002 com Fernando Henrique Cardoso, mas teve em 2022 o pior desempenho eleitoral de sua história (18 deputados federais e nenhum senador).
PP: comandado nacionalmente por Ciro Nogueira, hoje integra a base bolsonarista e busca ampliar presença em governos estaduais.
Mato Grosso do Sul: um dos últimos redutos tucanos, agora perde seu governador para o Progressistas.
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