Campo Grande (MS), Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Política / Transporte

CPI do Consórcio Guaicurus começa com briga entre vereadores e protesto na Câmara de Campo Grande

Primeira sessão de oitivas é marcada por bate-boca, saída de parlamentares e críticas à gestão do transporte coletivo

28/04/2025

15:00

DA REDAÇÃO

Mesa diretora da CPI do Transporte Público na Câmara Municipal (Foto: Ketlen Gomes)

A primeira rodada de oitivas da CPI do Transporte Coletivo de Campo Grande, que investiga a atuação do Consórcio Guaicurus, foi marcada por conflitos internos e protestos entre vereadores. A sessão, realizada nesta segunda-feira (28) no plenarinho Edroim Reverdito, começou com bate-boca entre parlamentares e terminou com a saída de três vereadores em ato de protesto contra a condução dos trabalhos.

Tensão entre parlamentares
O clima esquentou antes mesmo do início das perguntas à convidada do dia, a engenheira civil e especialista em mobilidade urbana Lucia Maria Mendonça Santos, que participou por videoconferência.

O vereador Landmark (PT) questionou se ele e outros colegas que não integram formalmente a comissão poderiam fazer perguntas diretas. O presidente da CPI, Lívio Viana (União Brasil), negou, alegando que o regimento interno permite apenas a participação ativa dos membros titulares da comissão.

"Para o bom andamento do trabalho, precisamos que isso seja organizado dessa forma. Caso queiram fazer apontamentos, devem fazê-lo por escrito", explicou Lívio Viana.

Inconformado, Landmark deixou a sessão, criticando a falta de abertura:

"Existe toda uma expectativa em cima dessa CPI, e não se permite nossa contribuição."

Ele foi seguido pelos vereadores Francisco Carvalho (União) e Marquinhos Trad (PDT), que também abandonaram o plenário em protesto.

Tentativa de solução rejeitada
O vereador Ademar Júnior, o Coringa (MDB), sugeriu uma votação para permitir que todos os parlamentares pudessem fazer perguntas ao menos naquela oitiva.

"Podemos abrir exceção para duas ou três perguntas dos vereadores presentes. Seria uma demonstração de que a CPI é democrática", propôs.

Contudo, Lívio Viana manteve a rigidez:

"Estamos em uma comissão parlamentar de inquérito. Existem regras a serem cumpridas, e não podemos dar 'jeitinhos'."

Curiosamente, o próprio Landmark havia enviado perguntas por escrito, conforme solicitado anteriormente pela presidência da CPI, mas só foi informado disso após o tumulto e a saída dos parlamentares, gerando ainda mais frustração.

Depoimento com críticas ao transporte público
Apesar do esvaziamento, a oitiva seguiu com a participação de Lucia Maria Mendonça Santos, que não poupou críticas à gestão do transporte público em Campo Grande.

Segundo a especialista, a prefeitura é omissa na fiscalização dos serviços prestados pelo Consórcio Guaicurus, o que contribui para problemas como:

  • Superlotação

  • Atrasos nos horários

  • Falta de veículos suficientes

Lucia destacou que a falta de rigor na fiscalização compromete diretamente a qualidade do serviço prestado à população da capital.


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