Política / Câmara Municipal
CPI do Transporte entra na reta final da primeira fase com foco em contratos e denúncias da população
Comissão apura irregularidades no transporte coletivo de Campo Grande e registra mais de 280 reclamações; oitivas devem começar nas próximas semanas
13/04/2025
07:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte, em andamento na Câmara Municipal de Campo Grande, está prestes a concluir sua primeira fase de apurações. A etapa inicial, com previsão de encerramento até o dia 17 de abril, é marcada pela coleta de documentos, análise de contratos e sistematização das principais queixas da população sobre o transporte coletivo.
Os vereadores concentraram os trabalhos na análise detalhada de:
Contrato de concessão e aditivos contratuais
Custos operacionais e balanços financeiros dos últimos cinco anos
Repasse de subsídios municipais, estaduais e federais
Apólices de seguro de vida oferecidas aos usuários do transporte
Para dar robustez à investigação, a CPI também solicitou auditorias independentes ao Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria do Município e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS).
A ouvidoria da CPI já registrou 285 denúncias, com destaque para as seguintes reclamações:
Sucateamento da frota
Atrasos nos ônibus
Precariedade no serviço
Canais de recebimento:
WhatsApp: 229 mensagens
Formulários online: 32
E-mails: 21
Ligações telefônicas: 2
Denúncia presencial: 1
As denúncias estão sendo analisadas pela equipe técnica, composta por profissionais jurídicos, contábeis e administrativos.
O vereador Maicon Nogueira (PP), integrante da CPI, afirmou que o momento atual é decisivo:
“Estamos numa fase muito importante, que é a de recolher documentos. Já recebemos dados de empresas do consórcio e de entes públicos. Agora iniciamos as primeiras análises.”
Ele também ressaltou o papel da sociedade na instalação da CPI:
“Quando a população paga caro por um serviço que não funciona, tem que protestar. A CPI é resultado dessa voz coletiva.”
A próxima fase, prevista para iniciar em até três semanas, será marcada pelas oitivas com representantes das empresas concessionárias, com o objetivo de esclarecer:
A destinação dos recursos públicos
O funcionamento efetivo do sistema
Os relatos e denúncias recebidas pela comissão
As manifestações populares recentes na Câmara também foram mencionadas por Maicon:
“A população está certa. O protesto é legítimo e necessário. Se o Executivo e a empresa não resolveram, nós precisamos agir.”
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