LUTO
Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morre aos 77 anos após complicações de saúde
Reeleito em 2024, gestor mineiro faleceu após parada cardiorrespiratória; vice-prefeito Álvaro Damião assume o cargo
26/03/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), faleceu na madrugada desta quarta-feira (26), aos 77 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Internado desde o dia 3 de janeiro no hospital Mater Dei, na capital mineira, Fuad enfrentava problemas respiratórios e se recuperava de um linfoma abdominal, já em remissão. Sua morte surpreende a população, especialmente por ter sido reeleito em outubro de 2024 com mandato até 2029.
Segundo a prefeitura, Fuad “dedicou décadas ao serviço público com ética, diálogo e compromisso com o bem-estar da população”. Ele deixa a esposa, Mônica Drummond, com quem era casado há 52 anos, dois filhos e quatro netos.
Economista e servidor de carreira do Banco Central do Brasil, Fuad acumulou uma extensa trajetória técnica no setor público. Atuou no Tesouro Nacional, Casa Civil, Banco do Brasil, além de ter sido secretário de Fazenda e Obras durante os governos tucanos em Minas Gerais. A convite de Aécio Neves e depois de Antônio Anastasia, ocupou cargos estratégicos no Executivo estadual até 2012, quando se aposentou provisoriamente.
Voltou à vida pública em 2017, ao aceitar o convite do então prefeito Alexandre Kalil para ser secretário de Fazenda em Belo Horizonte. Em 2020, tornou-se vice-prefeito e assumiu o cargo de prefeito em 2022, após a renúncia de Kalil para disputar o governo de Minas.
Fuad entrou na disputa de 2024 como candidato à reeleição — sua primeira eleição como cabeça de chapa. Apesar de começar com apenas 11% nas pesquisas, conquistou a população com sua postura afetuosa e imagem associada à experiência e responsabilidade. No segundo turno, derrotou o candidato bolsonarista Bruno Engler (PL) e se tornou o prefeito de capital mais velho do país.
“Meu sonho era ser reeleito prefeito para terminar as obras que comecei. Este é meu último cartucho”, declarou Fuad em entrevista após a vitória.
Durante a campanha, Fuad enfrentava tratamento contra um câncer e chegou a comemorar a remissão da doença às vésperas da eleição. Mesmo reeleito, sua saúde seguia debilitada, e entre novembro e março passou por quatro internações por complicações como pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia.
No início do ano, tomou posse remotamente como prefeito, sendo representado pelo vice, Álvaro Damião (União Brasil). Nesta última internação, chegou a sair da UTI, mas voltou a apresentar piora clínica na noite de terça-feira (25), quando sofreu a parada cardíaca.
Com a morte de Fuad Noman, o vice-prefeito Álvaro Damião assume definitivamente a Prefeitura de Belo Horizonte, conforme previsto pela legislação eleitoral.
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