Campo Grande (MS), Quinta-feira, 20 de Março de 2025

ECONOMIA

Banco Central eleva taxa Selic para 14,25%, maior patamar desde 2016

Decisão do Copom confirma expectativa do mercado e mantém política de juros altos para conter inflação

19/03/2025

19:05

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano. Com essa alta, os juros básicos da economia voltam ao maior nível desde 2016, quando o país enfrentava uma grave crise econômica.

📈 Nova taxa Selic: 14,25% ao ano
📅 Última vez nesse patamar: Entre julho de 2015 e outubro de 2016
📍 Motivo: Controle da inflação e cenário econômico adverso

A decisão foi unânime entre os membros do comitê e já era esperada pelo mercado, devido ao aumento da inflação e incertezas econômicas.

Justificativa do Banco Central para a alta dos juros

O Copom justificou a elevação da taxa com base em fatores como:

Inflação persistente – Pressão sobre os preços ainda preocupa o mercado;
Cenário de incerteza econômica – Alta volatilidade global e instabilidade política interna;
Política monetária contracionista – Juros altos para reduzir o consumo e controlar a inflação.

"O Comitê avalia que o cenário adverso exige prudência e sinaliza que novas altas podem ocorrer, ainda que com menor intensidade", informou o Banco Central em comunicado oficial.

A decisão reflete a tentativa de manter o controle da inflação, mesmo diante de efeitos negativos sobre o crescimento econômico e o consumo das famílias.

Impactos da alta da Selic na economia

A elevação dos juros básicos impacta diretamente diversos setores da economia, desde o crédito até os investimentos.

📉 Principais efeitos da taxa Selic a 14,25%:
Crédito mais caro – Financiamentos e empréstimos ficam menos acessíveis;
Redução do consumo – Juros altos desestimulam compras parceladas e investimentos privados;
Freio na inflação – Com menos dinheiro circulando, a tendência é de desaceleração dos preços;
Rendimento maior na renda fixa – Aplicações como CDBs, Tesouro Direto e fundos DI se tornam mais atrativas.

Por outro lado, o aumento da Selic pode desacelerar o crescimento do PIB, dificultando a retomada econômica.

Próximos passos do Banco Central

O Copom voltará a se reunir nos dias 7 e 8 de maio, quando pode decidir por novas altas na taxa Selic, dependendo da evolução da inflação e do desempenho da atividade econômica.

🔍 Fatores que podem influenciar a próxima decisão:
📊 Evolução da inflação nos próximos meses;
📉 Impacto da política monetária sobre o crescimento econômico;
💵 Cenário internacional e comportamento do câmbio.

A sinalização do Banco Central indica que os juros devem permanecer elevados por mais tempo, mantendo um cenário de cautela para consumidores e investidores.


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