POLÍTICA
Acordo de Hugo Motta propõe ampliar número de deputados de 513 para 527
Mudança busca ajuste na representação estadual conforme Censo 2022, sem reduzir bancadas de estados já representados
24/02/2025
18:05
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está articulando um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para aumentar o número de deputados federais de 513 para 527. O objetivo é ajustar a proporcionalidade das bancadas estaduais de acordo com os dados populacionais do Censo de 2022, garantindo mais representantes para estados em crescimento sem que outros percam cadeiras.
Se a mudança ocorrer, esta será a primeira ampliação no número de deputados desde 1993. A medida deve começar a tramitar na Câmara após o Carnaval, e precisa ser aprovada até 30 de junho, prazo estipulado pelo STF. Caso o Congresso não legisle sobre o tema, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a nova distribuição das cadeiras até outubro de 2025, um ano antes das eleições de 2026.
O STF determinou em agosto de 2023 que a Câmara redefina a quantidade de deputados por estado, para refletir a proporcionalidade populacional apontada no Censo 2022. Isso significa que alguns estados, como Pará e Santa Catarina, teriam direito a mais cadeiras, enquanto outros, como Rio de Janeiro e Bahia, perderiam representação.
Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), as alterações seriam as seguintes:
📉 Estados que perderiam vagas
📈 Estados que ganhariam vagas
A proposta de Hugo Motta busca evitar cortes nas bancadas dos estados que perderiam representantes, preservando a atual composição e aumentando o total de deputados para acomodar os novos parlamentares.
"Perder essa representatividade é perder orçamento, tira vozes importantes e o critério também não é justo. Quem cresceu tem o direito. Penso que a solução seria um acordo, combinado com o Supremo, para que se aumente a quantidade de deputados federais e ninguém perca", afirmou Hugo Motta em entrevista à Rádio Arapuan, de João Pessoa (PB).
O principal obstáculo para a ampliação do número de deputados é o impacto financeiro. A inclusão de 14 novos parlamentares implicaria aumento nos gastos da Câmara, o que pode gerar repercussão negativa na opinião pública. Hugo Motta reconhece essa preocupação e defende que a mudança seja feita sem onerar os cofres públicos.
"Temos que fazer o dever de casa para que isso não represente aumento do custo da Casa", afirmou o presidente da Câmara.
Atualmente, um projeto de lei que busca adequar a composição da Câmara conforme a decisão do STF já está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No entanto, a votação prevista para o final de 2024 foi adiada após forte resistência de deputados do Rio de Janeiro, que perderiam quatro cadeiras.
Com o novo prazo definido pelo STF (30 de junho de 2025), a Câmara precisa aprovar a mudança ainda no primeiro semestre do ano, para evitar que a redistribuição fique sob responsabilidade do TSE, que tomaria a decisão até outubro de 2025.
✔ Após o Carnaval, o projeto deve entrar na pauta da CCJ da Câmara
✔ Pressão política por estados que perderiam cadeiras pode travar votações
✔ Negociações com o STF podem definir o formato final da mudança
✔ Prazo final para decisão legislativa: 30 de junho de 2025
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