POLÍTICA
Investigados por corrupção na Operação Malebolge são soltos dois dias após prisão
Decisão judicial revoga prisão preventiva de sete acusados; alguns usam tornozeleira eletrônica
21/02/2025
16:51
CGN
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
A Operação Malebolge, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) no dia 18 de fevereiro, resultou na prisão preventiva de 11 investigados por suspeita de fraudes em licitações e corrupção nas prefeituras de Água Clara e Rochedo (MS). No entanto, sete acusados já receberam liberdade provisória, alguns com monitoramento eletrônico.
Os suspeitos que tiveram a prisão preventiva revogada são:
✅ Denise Rodrigues Medis
✅ Douglas Geleilaite Breschigliari
✅ Fabrício da Silva
✅ Fernando Passos Fernandes
✅ Izolito Amador Campagna Júnior
✅ Luciana Mendes Carneiro
✅ Renato Franco do Nascimento
O pedido de prisão foi baseado em indícios de participação em organização criminosa e na continuidade das condutas ilícitas, uma vez que os contratos suspeitos ainda estavam vigentes. No entanto, a 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça entendeu que não havia justificativa concreta e individualizada para a aplicação da medida extrema.
Dessa forma, os investigados foram colocados em liberdade provisória, mas deverão cumprir medidas cautelares, incluindo:
❌ Proibição de firmar novos contratos com o poder público.
❌ Proibição de acessar ou manter contato com órgãos do Legislativo e Executivo de Água Clara e Rochedo.
❌ Proibição de contato com os demais envolvidos no esquema.
❌ Obrigação de comparecimento a todos os atos do processo.
❌ Comunicação ao juízo sobre mudança de endereço.
❌ Proibição de deixar a comarca sem autorização judicial.
Sobre os investigados Ana Carla Benette, Celso Souza Marques, Jânia Alfaro Socorro e Mauro Meyer da Silva, não há informações disponíveis sobre possíveis decisões judiciais a respeito da manutenção ou revogação de suas prisões preventivas.
Apelidada de "Sacos do Mal", a operação investiga um esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 10 milhões em recursos públicos por meio de licitações fraudulentas para a compra de uniformes e materiais diversos.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) identificou a existência de uma organização criminosa estruturada em dois núcleos principais, operando nas prefeituras de Água Clara e Rochedo.
Segundo as investigações, o esquema era comandado por um empresário, que articulava as fraudes cooptando servidores públicos e contando com o apoio de outros empresários para garantir a execução do desvio de verbas.
A soltura dos investigados gera questionamentos sobre a aplicação da prisão preventiva em crimes de corrupção. Enquanto o MPMS sustenta que havia riscos à continuidade do esquema, a Justiça entendeu que as medidas cautelares são suficientes para impedir a atuação dos envolvidos.
O caso segue em investigação, e os réus deverão responder ao processo em liberdade, cumprindo as restrições impostas pelo Tribunal de Justiça.
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