CASO VANESSA RICARTE
Deputados cobram investigação sobre atendimento da DEAM no caso do feminicídio de Vanessa Ricarte
Parlamentares pedem apuração, afastamento de delegadas e melhorias na rede de proteção às mulheres
17/02/2025
20:15
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido no dia 12 de fevereiro, em Campo Grande (MS), levantou fortes questionamentos sobre a atuação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Após a divulgação de áudios da vítima, em que relatava um atendimento frio e desumanizado, deputados estaduais se manifestaram cobrando investigações e mudanças no sistema de proteção às mulheres.
📌 Deputada Gleice Jane (PT) – Defende abertura de procedimento administrativo e revisão do atendimento na DEAM
📢 "Precisa sim ser aberto um procedimento administrativo para investigação. Não podemos focar apenas na delegada, e sim na política como um todo. Precisamos analisar como é feita a escolha dos profissionais que atendem essas mulheres, se há capacitação, planejamento e avaliação. Vamos cobrar do governo melhorias no atendimento de proteção às mulheres, pois essa rede vai muito além da DEAM."
📌 Deputada Lia Nogueira (PSDB) – Pede afastamento das delegadas para garantir investigação isenta
📢 "Eu creio que elas devem ser afastadas até que a investigação ocorra com mais isonomia. O áudio deixado pela Vanessa revela uma suposta falha grave no atendimento da DEAM, e isso precisa ser devidamente apurado. Quem falhou por omissão ou negligência deve ser responsabilizado de forma exemplar."
📌 Deputado Antônio Vaz (Republicanos) – Defende investigação detalhada sobre possível negligência no atendimento
📢 "Os áudios de Vanessa mostram que o atendimento na DEAM pode ter sido falho e, possivelmente, houve negligência. No entanto, é preciso apurar os fatos profundamente e, se for o caso, afastar os responsáveis. A investigação deve levar em conta todas as condições do atendimento e, se houver culpados, que sejam responsabilizados."
📌 Deputado João Henrique Catan (PL) – Defende investigação sobre falhas do Estado e critica falta de estrutura
📢 "É necessário investigar para entender onde o Estado falhou. Não acho que as delegadas devam ser afastadas antes da conclusão das apurações. O problema está na estrutura, na falta de efetivo, de bons salários e na ausência de tecnologia para proteger essas mulheres. O grande culpado é o governo estadual, que precisa investir mais na segurança das vítimas."
📌 Deputado Paulo Duarte (PSB) – Vê falhas no sistema de proteção às mulheres e cobra melhorias na rede de apoio
📢 "Está claro que houve falhas no sistema de proteção às mulheres. Não podemos apenas buscar culpados, mas sim corrigir o problema estrutural. Precisamos fortalecer a rede de atendimento, revisar protocolos e conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito às diferenças. E, claro, punir exemplarmente os crimes de feminicídio."
📌 Deputado Roberto Hashioka (União Brasil) – Pede apuração antes de qualquer punição
📢 "Diante das informações, o correto seria instaurar um processo administrativo para apuração. As penalidades devem ocorrer somente após as conclusões definitivas. Precisamos fortalecer todo o sistema de combate à violência de gênero para evitar que tragédias como essa se repitam."
📌 Deputado Rinaldo Modesto (Podemos) – Defende afastamento da delegada e melhor acolhimento às vítimas
📢 "A delegada que atendeu Vanessa deveria estar em outro setor. Acredito que até psicologicamente não há mais clima para ela continuar nessa função. O atendimento na DEAM precisa ser humanizado, pois as mulheres que chegam lá estão fragilizadas. O Poder Público precisa oferecer um tratamento adequado e urgente para essas vítimas."
O caso de Vanessa Ricarte gerou forte repercussão e mobilização política, colocando em debate a eficácia da proteção às mulheres vítimas de violência doméstica em Mato Grosso do Sul.
📌 Demandas levantadas pelos deputados:
✔️ Abertura de investigação e possível afastamento das delegadas envolvidas;
✔️ Revisão dos critérios de escolha e capacitação dos profissionais da DEAM;
✔️ Investimento em estrutura, efetivo e tecnologia para proteção das vítimas;
✔️ Revisão e fortalecimento dos protocolos de atendimento à mulher em situação de violência.
O governo do Estado ainda não anunciou oficialmente quais medidas serão adotadas após a repercussão do caso.
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