Campo Grande (MS), Sábado, 01 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA

Sucessão no Senado: Davi Alcolumbre desponta como favorito à presidência da Casa

Senador amapaense, com sólida trajetória política e credibilidade em negociações, deve assumir o comando da Mesa Diretora para os próximos dois anos

01/02/2025

09:40

NAOM

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é apontado como o franco favorito para ser eleito presidente do Senado, cargo que ele deverá ocupar pelos próximos dois anos, se confirmado o resultado da votação. A eleição para a Mesa Diretora do Senado está marcada para este sábado, a partir das 10 horas, e será realizada de forma secreta, com cédulas de papel.

Destaques do perfil de Davi Alcolumbre

  • Experiência: Já presidiu o Senado de 2019 a 2021, no início do governo de Jair Bolsonaro, e, desde então, manteve posição de destaque na Casa.
  • Histórico político: Iniciou sua carreira em 2001, quando tomou posse como vereador de Macapá, aos 23 anos, filiado ao PDT; em 2002 foi eleito deputado federal e, a partir de 2006, passou por diferentes legendas, migrando para o PFL (posteriormente DEM) e, por fim, integrando o União Brasil.
  • Credibilidade: Reconhecido por sua postura cordial e habilidade em articular negociações entre diferentes blocos políticos, teve papel decisivo em acordos envolvendo emendas parlamentares e indicações para cargos importantes, como a de Juscelino Filho na pasta das Comunicações e Waldez Góes à frente da Integração Nacional.
  • Atuação recente: Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça por quatro anos, fortalecendo sua imagem como protagonista nas discussões sobre temas cruciais da política nacional.

Cenário da eleição
Davi Alcolumbre enfrenta os senadores Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) na disputa pelo comando do Senado. Segundo análises, nenhum dos quatro concorrentes apresenta chances reais de superar o líder amapaense, que se beneficia de um amplo diálogo com as bancadas de direita e de esquerda. Durante a gestão do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado próximo, Alcolumbre participou ativamente das negociações no Palácio do Planalto e consolidou sua reputação como articulador de acordos e facilitador de diálogos políticos.

Trajetória e influência política
Elegeu-se pela primeira vez em 2014 e, desde então, o senador de 47 anos tem se destacado na política nacional. Iniciou sua carreira no legislativo municipal de Macapá e, posteriormente, ingressou no cenário federal, passando por diversas legendas políticas. Sua capacidade de transitar entre diferentes espectros políticos é frequentemente apontada como um dos principais fatores que o tornam o favorito para assumir a presidência da Casa.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, a eleição de 2019 contou com o apoio de bolsonaristas, que impulsionaram a candidatura de Alcolumbre por meio do voto aberto, estratégia utilizada para enfraquecer adversários, como Renan Calheiros (MDB-AL). Mesmo com a mudança na liderança do Poder Executivo em 2023, Alcolumbre manteve sua proximidade com o Planalto, colaborando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em importantes discussões sobre liberação de emendas parlamentares e indicações ministeriais.

Em 2023, o senador tentou, juntamente com o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, propor uma mudança na interpretação da Constituição para permitir sua reeleição na mesma legislatura. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou essa prática inconstitucional, encerrando essa possibilidade e deixando a alternativa de indicar um aliado – posição que, na ocasião, recaiu sobre Rodrigo Pacheco.

Perspectivas para o futuro do Senado
Se eleito, Davi Alcolumbre retornará à presidência do Senado, reforçando seu papel de mediador e negociador, e garantindo a continuidade de uma gestão pautada no diálogo e na busca por acordos que favoreçam a estabilidade política e as pautas de interesse nacional. Sua eleição representa, para muitos analistas, uma continuidade da linha de articulação que já tem gerado resultados positivos, tanto em termos de indicação de cargos no governo quanto na consolidação de parcerias estratégicas com diferentes blocos parlamentares.

Com a eleição da Mesa Diretora sendo um momento crucial para a definição dos rumos da Casa, o cenário aponta para que o senador Davi Alcolumbre consolide sua liderança e retome o comando do Senado, trazendo experiência, equilíbrio e a habilidade de articular interesses divergentes em prol de um consenso que fortaleça a representação política e a governabilidade no país.


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