O novo salário mínimo nacional, fixado em R$ 1.518, que entrou em vigor no primeiro dia de 2025, será pago neste sábado (1º). Apesar de o reajuste ter sido efetivado a partir de janeiro, o pagamento ocorre somente agora, pois o trabalhador recebe o valor após um mês trabalhado. A nova quantia representa um acréscimo de 7,5% em relação aos R$ 1.412 que eram pagos até dezembro de 2024.

Destaques do reajuste

• Valor reajustado: R$ 1.518,00, com aumento de R$ 106,00 (7,5%)
• Pagamento: Inicia neste sábado, no contracheque de fevereiro
• Benefícios afetados: Seguro-desemprego, BPC, PIS/Pasep, entre outros, que usam o salário mínimo como referência
• Nova regra: Teto de aumento real de 2,5% acima da inflação entre 2025 e 2030

A correção do salário mínimo é calculada com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior, somada ao Produto Interno Bruto (PIB) do país de dois anos atrás. Em 2025, o INPC foi de 4,84% e o PIB, de 3,2%, o que, sem o limite, levaria o piso a R$ 1.528. Contudo, a nova regra, sancionada na última semana de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), restringe o aumento a 2,5% acima da inflação, reduzindo o reajuste em cerca de R$ 10.

Essa medida integra o pacote de cortes de gastos do governo federal e, segundo projeções do Ministério da Fazenda, deve gerar uma economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos. A diminuição de despesas decorre do fato de que diversos benefícios sociais e previdenciários são atrelados ao salário mínimo, e cada aumento de R$ 1 gera uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões.

Além do reajuste do salário, o novo valor impacta uma série de benefícios e serviços, tais como:

• Abono salarial PIS/Pasep;
• Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
• Benefício de Prestação Continuada (BPC);
• Seguro-desemprego;
• Critérios para inscrição no Cadastro Único;
• Seguro-defeso;
• Valores do trabalho intermitente;
• Teto para ajuizamento de ações;
• Contribuições mensais dos Microempreendedores Individuais (MEIs).

Com essa atualização, todos os trabalhadores que recebem o salário mínimo – ou múltiplos dele – e os beneficiários de programas vinculados ao piso nacional já terão os valores reajustados refletidos em seus contracheques de fevereiro.

A medida, que se trata da primeira correção anual com a nova regra de reajustes, promete manter o poder de compra dos trabalhadores ao limitar o aumento real do salário mínimo. Caso os rendimentos não acompanhem a inflação, o trabalhador perde poder de compra, conseguindo adquirir menos produtos e serviços com a mesma quantia.

Com a implementação deste reajuste, o governo federal busca equilibrar as contas públicas e reduzir os gastos vinculados ao piso salarial, assegurando que o aumento do salário mínimo seja sustentável no longo prazo e beneficie tanto os trabalhadores quanto o equilíbrio das finanças públicas.