ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Deputado Hashioka apresenta levantamento da situação da BR-163 em Mato Grosso do Sul
16/04/2024
12:15
ASSECOM
©DIVULGAÇÃO
O deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para apresentar um levantamento dos dados a respeito da situação da rodovia BR-163 em Mato Grosso do Sul, que hoje é administrada pela concessionária CCR MSvia. A manifestação ocorreu durante a sessão ordinária desta terça-feira, 16, da Casa de Leis.
Hashioka iniciou afirmando que a rodovia BR-163 corta nosso Estado de norte a sul por 845 quilômetros de extensão e, desde 2014, quando iniciou o contrato de concessão, a empresa CCR MSvia realizou apenas 18% de obras de duplicação da pista, o que corresponde a 150 quilômetros.
Entre os dados levantados, o parlamentar destacou que a concessionária investiu, no ano de 2022, R$ 450 milhões e obteve uma receita de R$ 163 mi. Ou seja, em um ano, teve um prejuízo que se aproxima de R$ 300 milhões. Em 2023, o prejuízo demonstrado pela empresa foi de R$ 330 milhões, também com investimento próximo a R$ 450 milhões no ano passado.
“Isso significa, conforme dados apresentados, que ela investiu R$ 500 mil por quilômetro por ano. Mas uma empresa que tem prejuízo de R$ 330 milhões ao ano e insiste em permanecer no contrato, deve ter alguma coisa errada, haja vista que as agências reguladoras, neste caso a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], têm por responsabilidade o equilíbrio econômico, o interesse do cidadão, o interesse do empreendedor e o interesse público. Ou seja, preza para que o serviço público seja feito com qualidade. Neste caso, a duplicação da rodovia, o que não vem acontecendo na BR-163”, apontou.
Outro dado listado por Hashioka é o número de acidentes na rodovia: em 2023, foram 755 ocorrências envolvendo 1.745 pessoas. Foram 53 óbitos em 2022; 64 óbitos em 2023, com um aumento de 20,8%. Em 2024, nos meses de janeiro e fevereiro, já ocorreram 354 acidentes, com 21 óbitos.
“A previsão da nova concessão, que está sendo discutida e que ainda depende da aprovação do Tribunal de Contas da União, é tão somente para fazer mais 190 quilômetros de duplicação. Ou seja, chegariam a 347 km de vias duplicadas, que representariam apenas 40% de toda a extensão, deixando 60% com pista simples, que correspondem a 505 km. Nós pagamos diversos impostos e pedágios em uma rodovia que não tem oferecido segurança aos sul-mato-grossenses”, destacou.
Hashioka informou que, dentro dos 505 km de pista simples, o novo contrato prevê a instalação de 198 km de faixa adicional. “Mas faixa adicional não traz segurança aos motoristas porque ainda é pista simples”, ressaltou o parlamentar, que também é engenheiro rodoviário.
Em decorrência dos dados apontados e pela situação da rodovia, Hashioka solicitou a reintegração da Comissão criada em 2023 e que acompanhou a audiência pública da ANTT realizada em 22 de março daquele ano, a fim de, agora, fiscalizar a execução do contrato de concessão da CCR MSvia. “Precisamos debater os termos acordados entre a ANTT e a CCR MSvia e buscar, junto a elas e até mesmo ao Tribunal de Contas da União, como estão as tratativas para a renovação do contrato de concessão, que não passou novamente por licitação, e terá mais 15 anos prorrogados sem duplicação em toda a rodovia”, finalizou.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Ômega-3: o nutriente que protege o coração e ajuda a combater a depressão
Leia Mais
Morre Lô Borges, fundador do Clube da Esquina e um dos ícones da música brasileira, aos 73 anos em Belo Horizonte
Leia Mais
Piracema começa em Mato Grosso do Sul com fiscalização intensificada nos rios
Leia Mais
Fábio Trad desafia bolsonaristas: “Vão defender a execução dos 35 deputados do PL investigados?”
Municípios