Cobrança de dívida termina com perseguição e morte a tiros no São Conrado
Três promotores de venda de MG foram recebidos a bala por rapaz; mesmo ferido, vítima tentou fugir
19/03/2022
20:25
CAMPOGRANDENEWS
Silvia Frias e Clayton Neves
Ferido no pescoço, vítima acabou subindo a calçada, a duas quadras do atentado ©Clayton Neves
Dívida de R$ 1 mil foi a causa da morte de promotor de vendas no início da noite, no Jardim São Conrado, em Campo Grande. O homem, identificado apenas como Júlio César, foi cobrar uma revendedora, mas foi surpreendido por rapaz armado que ainda os perseguiu pela rua.
Além dele, outro promotor de vendas também ficou ferido ao ser agredido a coronhadas. O carro em que eles estavam acabou subindo na calçada e parando próximo de muro de uma casa, quando as vítimas tentaram fugir do atentado.
O crime aconteceu por volta das 18h, na rua General Valter Gustavo Escheneek. Desde o atentado, a rua foi interditada por viaturas da PM (Polícia Militar), enquanto a perícia da Polícia Civil está no local.
A reportagem conversou com um dos sobreviventes, promotor de vendas de 46 anos. Ele contou que é de Araújo (MG) e estava em Campo Grande juntamente com outros dois vendedores para comercialização de maquiagens, roupas e calçados.
Eles haviam repassado produtos para que revendedora residente no São Conrado fizesse a venda e, hoje, foram até a casa da mulher cobrar R$ 1 mil desse acordo de negociação.
Os três foram em um Cobalt Sedan até o endereço, mas nem chegaram a sair do carro. Foram recebidos por rapaz, que saiu a casa armado. O promotor acredita que seja algum parente da mulher.
“Ele não deu tempo para nada, já chegou e atirou”. Eu acho que foram dois ou três tiros. Na hora fiquei surdo, e também não vi nada”, contou à reportagem.
O condutor do veículo, identificado apenas como Júlio César, foi ferido no pescoço. Assustado, ele ainda conseguiu arrancar com o carro e fugir. “Voava sangue do pescoço dele, eu fiquei doido lá dentro, medo dele [rapaz] correr atrás da gente”, contou a testemunha.
Mesmo ferido, a vítima conseguiu avançar duas quadras, até que subiu calçada e parou próximo de uma casa.
Júlio César morreu no local. Os outros dois homens desceram do carro e fugiram a pé depois que vira que o rapaz ainda os perseguia, desta vez, armado com faca, além do revólver.
A testemunha que relatou o caso conseguiu escapar, se escondendo em uma casa. O outro colega foi alcançado e atingido a coronhadas na cabeça. Depois disso, o suspeito fugiu.
A polícia foi acionada e, até agora, não há informação da prisão do rapaz. O promotor de vendas atingido a coronhadas recebeu atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), foi liberado e presta depoimento à polícia.
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