Prefeito promete regularizar situação das ocupações
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prefeito Marquinhos Trad (PSD) - Divulgação |
Após uma série de ocupações irregulares em terrenos públicos e privados, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) promete “regularizar” a situação dos moradores – que reivindicam casas populares e afirmam que não têm condições de pagar aluguel -.
“Aqueles que estão no local há anos ou há pelo menos seis meses, nenhum casa foi ou será derrubada. Mas ali eles não podem ficar, ou se regularizam ou espera o sorteio da EMHA [Agência municipal de habitação]. Só não podemos admitir uma atitude contrária a lei, e que gere constância na nossa cidade. Tem uma regra, tem uma lei”, afirmou.
Sobre a demora para conseguir uma casa junto à Emha, o prefeito declarou que “a demora da Emha não dá o direito de invadir. Não podemos compactuar com isso”. Marquinhos afirmou que o perfil de algumas pessoas não condiz com a ocupação. Para ele, há pessoas responsáveis por “fraudar” o processo, pedindo que outras ocupem os terrenos, para depois construir casas.
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Famílias foram notificadas no Jardim Montevidéo (Luiz Alberto) |
“Acredito que com certeza há uma negociata. Pessoa que tem dinheiro faz o levantamento de alvenaria, usa a pessoa pra ficar dentro e, se, durante algum período não mexer, toca o cara pra fora e fica lá dentro”, declarou.
No local, há, no entanto, pessoas em situação de vulnerabilidade. Uma dela é uma senhora de 70 anos que vive no local. Marquinhos disse que a notificação não implica expulsão imediata e sim, estabelece prazo de cinco dias para apresentar justificativa.
“As que realmente estiverem morando e precisando, vamos fazer um cadastramento e buscar a regularização”, complementou.
Favelização
Em poucos meses, Campo Grande viu, novamente, o crescimento do processo da favelização. Ao menos dois locais chamam a atenção. Um conglomerado na região da Morada do Sossego, e outro, na região onde ficava a Cidade de Deus. Sobre as favelas, o prefeito “prometeu resolver a situação”. |
Favela na Morada do Sossego (Cleber Gellio) |
“Só se cria favela se o poder público for omisso ou demorar demais na ação. Da hora que se invade até a edificação há um lapso temporal. Se o poder público for firme, você mostra que a situação é diferente”, declarou.
O prefeito ainda afirmou que população também irá ‘monitorar’ a situação. “Não só eu, como toda a população, afinal as áreas são reservadas pra edificação de Postos de saúde, Ceinfs [Centros de educação infantil, as áreas de equipamentos de lazes de utilidade pública, por isso eles têm que cuidar”.
Fonte: Midiamax
por: Izabela Sanchez e Clayton Neves