Agronegócio
Novo status sanitário fortalece suinocultura de MS e impulsiona abates e exportações
Reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação eleva credibilidade internacional e abre portas para novos mercados
16/12/2025
10:05
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, oficializado em 2025, colocou a suinocultura de Mato Grosso do Sul em um novo patamar de credibilidade sanitária e competitividade internacional. A inclusão do estado nesse status amplia a confiança dos importadores, fortalece a imagem do produto sul-mato-grossense e já começa a refletir em avanços nos abates e nas exportações.
Somente em novembro, Mato Grosso do Sul exportou 1,84 mil toneladas de carne suína in natura, com US$ 4,49 milhões em receitas. No acumulado de janeiro a novembro, os embarques somaram 20,7 mil toneladas, gerando US$ 49,2 milhões, crescimento de 11,76% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para a consultora de economia da Famasul, Eliamar de Oliveira, o novo status sanitário funciona como um selo de confiança internacional, agregando valor estratégico à produção estadual.
“A certificação funciona como uma oportunidade de mercado, mas também como um compromisso de toda a cadeia. Manter padrões elevados de biosseguridade e gestão sanitária passa a ser essencial para sustentar esse novo patamar”, afirma.
Segundo ela, a certificação consolida a imagem de segurança sanitária do estado, requisito fundamental para acessar mercados cada vez mais rigorosos.
O reconhecimento ocorre em um momento de crescimento da produção. Em novembro, os frigoríficos sul-mato-grossenses registraram o abate de 311,1 mil suínos, alta de 4,96% na comparação com o mesmo mês de 2024, evidenciando o dinamismo da cadeia produtiva e o alinhamento às exigências internacionais.
Para manter e ampliar o acesso a mercados estratégicos, a profissionalização das granjas segue como prioridade. A consultora técnica da Famasul, Fernanda Lopes, destaca que o novo status sanitário exige rigor permanente nas práticas de biosseguridade.
Entre as medidas essenciais, ela cita:
Barreiras sanitárias de entrada nas granjas;
Controle de trânsito de pessoas e veículos;
Planos de contingência para emergências sanitárias;
Monitoramento contínuo do plantel.
Essas ações são fundamentais para reduzir riscos e garantir acesso a mercados como Singapura, Filipinas e Emirados Árabes Unidos, que adotam critérios sanitários mais restritivos.
Fernanda Lopes ressalta que, embora o novo status sanitário fortaleça a imagem do país, ele não atua sozinho na valorização recente do suíno vivo.
“A oferta equilibrada, a demanda firme e as exportações em alta foram decisivas para sustentar os preços. O status sanitário contribui de forma indireta, ao manter mercados abertos e reforçar a confiança dos compradores”, explica.
Com maior visibilidade internacional, o setor passa a conviver também com maior nível de cobrança. Segundo Fernanda, o reconhecimento sanitário gera um ciclo contínuo de evolução, com normas mais rígidas, fiscalização constante e elevação do padrão produtivo.
“A certificação reforça o compromisso do estado com a qualidade, fortalece a cadeia produtiva e posiciona Mato Grosso do Sul de forma mais competitiva no cenário global”, conclui.
O novo status sanitário consolida Mato Grosso do Sul como referência nacional na suinocultura, ampliando oportunidades de exportação, atraindo investimentos e reforçando a importância da gestão sanitária integrada como pilar do crescimento sustentável do setor.
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