Política / Agronegócio
Rodolfo Nogueira barra projeto do PT que proibiria exportação de animais vivos
Relatório aprovado na Comissão de Agricultura rejeita proposta de Ana Paula Lima e mantém atividade considerada estratégica para o agronegócio
17/11/2025
16:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) conseguiu aprovar, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), o seu relatório que rejeita o Projeto de Lei nº 2.788/2025, apresentado pela deputada Ana Paula Lima (PT-SC).
A proposta pretendia proibir a exportação de animais vivos destinados ao abate ou à reprodução, com foco no debate sobre bem-estar animal.
Ao justificar o voto, Rodolfo Nogueira classificou a medida como:
“Completamente descolada da realidade e extremamente destrutiva para o setor.”
Em seu relatório, ele afirma que o PL, sob o argumento de proteger o bem-estar animal, viola a lógica econômica da agropecuária, despreza normas internacionais e ignora o papel da cadeia produtiva na geração de emprego, renda e riqueza.
O parecer sustenta ainda que a proposta seria:
“Arbitrária e ideológica”
Sem base científica
Prejudicial à competitividade internacional do agro brasileiro
Segundo o deputado, o setor investiu pesado em adequações às normas internacionais de bem-estar animal, o que torna injustificável uma proibição total da atividade.
Nogueira incluiu no relatório dados consolidados sobre o segmento.
Em 2024, as exportações de animais vivos atingiram:
365,84 mil toneladas — crescimento de 84% em relação a 2023
Receita de US$ 829,55 milhões — aumento de 69,75%
Para o relator, proibir a prática causaria:
Queda imediata nas exportações
Retração de investimentos
Prejuízo generalizado à cadeia produtiva
Risco a milhões de empregos ligados ao setor
Ele também destacou que a evolução da pecuária brasileira sempre dependeu da troca internacional de material genético, prática fundamental para o avanço tecnológico e o melhoramento das criações.
“Impedir o fluxo de material genético entre países é retroceder meio século, isolando o Brasil das rotas comerciais e das tecnologias globais.”
Como presidente da CAPADR, Rodolfo Nogueira disse que a decisão da comissão mantém a segurança jurídica e a racionalidade econômica:
“Nossa posição preserva a estabilidade de um setor que é um dos maiores pilares da economia nacional.”
Com a rejeição aprovada, o relatório de Nogueira segue agora para os próximos trâmites legislativos — e o PL deve enfrentar forte resistência dentro da Câmara dos Deputados.
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