Interior / Japorã
Ex-prefeito de Japorã vira alvo de investigação por salário três vezes maior que o de secretários municipais
Ministério Público apura legalidade do cargo criado especialmente para Paulo Franjotti e denúncia de falta de transparência na prefeitura
28/10/2025
16:00
DA REDAÇÃO
Ex-prefeito de Paranhos, Paulo César Franjotti - Reprodução Redes Sociais
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Mundo Novo, instaurou um Inquérito Civil para investigar a legalidade do cargo de “Superintendente Geral de Gestão” da Prefeitura de Japorã, ocupado pelo ex-prefeito Paulo César Franjotti, antecessor do atual gestor, Vitor da Cunha Rosa (PSDB), conhecido como Vitor Malaquias.
A apuração foi motivada por denúncias apresentadas por vereadores sobre salário desproporcional, falta de transparência administrativa e possível existência de “funcionários fantasmas” na estrutura do Executivo municipal.
Conforme os documentos enviados ao MP, o cargo ocupado por Paulo Franjotti foi criado por lei municipal aprovada em 20 de maio de 2025 e ocupado apenas dois dias depois, em 22 de maio.
O ex-prefeito passou a receber R$ 16,5 mil brutos por mês, valor três vezes superior ao salário dos secretários municipais (R$ 6,5 mil) e próximo ao do próprio prefeito, que recebe R$ 23 mil.
Os parlamentares Gilberto Mortene (PL), Adriana Martins dos Santos Damaceno (PP) e Leonardo Flávio Pereira (PL), o Léo da Jamel, levaram o caso à Promotoria no dia 28 de maio, em reunião com o então promotor André Luiz de Godoy Marques.
Durante o encontro, segundo a ata oficial, os vereadores manifestaram “preocupação com a falta de transparência na gestão e com o salário expressivo e desproporcional pago ao novo superintendente”, além de questionarem a inexistência de previsão orçamentária para o cargo na LOA anterior.
Após a denúncia, o MPMS solicitou documentos e esclarecimentos à Prefeitura de Japorã, mas não recebeu resposta. Diante da omissão, o promotor determinou a abertura formal do Inquérito Civil, com o objetivo de “apurar a natureza e regularidade do cargo criado” e a eventual ocorrência de desvio administrativo ou ilegalidade na nomeação.
A investigação agora seguirá com coleta de documentos, depoimentos e análise da legislação municipal, podendo resultar em ação judicial por improbidade administrativa, caso sejam confirmadas irregularidades.
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