Política / Câmara Federal
Aliados de Hugo Motta defendem punição a deputados bolsonaristas por motim na Câmara
Parlamentares teriam impedido presidente da Casa de ocupar cadeira na Mesa Diretora; partidos pedem suspensão de mandatos
08/08/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Uma ala de líderes aliada ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defende que o parlamentar leve adiante o plano de punir deputados bolsonaristas que resistiram ao fim da ocupação do plenário na quarta-feira (6).
Durante a sessão, alguns deputados impediram que Motta chegasse à Mesa Diretora e ocupasse sua cadeira de presidente. Entre eles estavam Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS), que permaneceram sentados nas cadeiras da Mesa. Outros parlamentares bloquearam a passagem do presidente na escada que dá acesso ao local.
Segundo relatos, em determinado momento Motta chegou a desistir de sentar, mas foi incentivado a continuar por líderes que o acompanhavam, como Dr. Luizinho (PP-RJ), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Mario Heringer (PDT-MG) e o segundo vice-presidente da Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
Aliados de Motta defendem que os parlamentares envolvidos sejam punidos com suspensão do mandato por até seis meses e que o caso seja analisado pelo Conselho de Ética.
A pressão aumentou após um dos períodos mais turbulentos do Congresso em anos, marcado pela paralisação de votações e pelo risco de inviabilizar a primeira semana após o recesso informal do Legislativo.
Na quinta-feira (7), PT, PSB e PSOL apresentaram pedido de suspensão sumária de seis meses dos mandatos de cinco deputados do PL:
Júlia Zanatta (PL-SC)
Marcel van Hattem (PL-RS)
Marcos Pollon (PL-MS)
Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Zé Trovão (PL-SC)
Os partidos acusam os parlamentares de quebra de decoro.
“A ação foi premeditada, coordenada e executada com o intuito de obstaculizar o regular exercício do Poder Legislativo, valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos como adesivos na boca, compondo uma encenação de ‘censura’ que distorce e subverte o debate democrático”, diz um trecho do documento.
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