Economia / Agronegócio
Famasul alerta para impacto da tarifa de Trump na competitividade e no custo de insumos do setor agropecuário
Presidente Marcelo Bertoni vê com preocupação a taxação de 50% sobre produtos brasileiros e defende diálogo diplomático para preservar relações comerciais
10/07/2025
10:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) manifestou preocupação com os efeitos da nova medida do governo dos Estados Unidos, que anunciou a aplicação de uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Para o presidente da entidade, Marcelo Bertoni, a decisão pode comprometer a competitividade das exportações agropecuárias e elevar o custo de insumos importados, com reflexos diretos no setor produtivo de Mato Grosso do Sul.
“A decisão do governo americano impacta também o aumento do custo de insumos importados e a competitividade das exportações brasileiras”, declarou Bertoni em nota oficial.
Segundo a federação, a medida acarreta insegurança nos mercados entre os dois países, especialmente para cadeias produtivas estratégicas do agronegócio, como a bovinocultura e o setor florestal, que mantêm forte presença no comércio com os EUA.
De acordo com dados da Famasul, Mato Grosso do Sul exportou, somente em 2024, um total de:
US$ 669,5 milhões em produtos
785,2 mil toneladas comercializadas com os Estados Unidos
Entre os principais produtos exportados estão:
Carne bovina – US$ 235,4 milhões
Celulose – US$ 213,4 milhões
Sebo bovino – US$ 46,1 milhões
A Famasul defende uma resposta institucional pautada no diálogo e na diplomacia:
“A Famasul reforça a importância de diálogo diplomático e técnico, pautados no respeito mútuo entre as nações, a fim de reverter ou mitigar os efeitos da medida e preservar relações comerciais estáveis e equilibradas.”
Para a entidade, os Estados Unidos são parceiros estratégicos para Mato Grosso do Sul, tanto no comércio de celulose e carne bovina quanto de produtos florestais e outros itens do agro.
O anúncio da tarifa foi feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, por meio de carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No documento, Trump alega estar protegendo a indústria e os produtores norte-americanos contra práticas comerciais desleais e justifica a medida como tentativa de reequilibrar a balança comercial com o Brasil. A carta também menciona a suposta “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos fatores para a adoção da sanção econômica.
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