Polícia / Justiça
“Vai me matar”: gritos da esposa antecederam assassinato de homem esfaqueado pelo filho em Campo Grande
Moradores relataram momentos de pânico durante o surto do autor, que segue foragido; crime foi cometido no bairro Maria Aparecida Pedrossian
27/06/2025
08:00
MDX
DA REDAÇÃO
Logo após crime, filho fugiu ©Eliel Dias
Vizinhos do bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande (MS), relataram os momentos de desespero vividos na noite de quinta-feira (26), quando Hugo Abel Heyn, de 69 anos, foi brutalmente assassinado a facadas pelo próprio filho, de 35 anos, durante um surto psicótico.
Segundo moradores, os gritos da esposa da vítima e mãe do autor podiam ser ouvidos do lado de fora da casa. “Ele vai me matar!”, teria gritado a mulher, pouco antes do ataque. Com medo, muitos vizinhos permaneceram dentro de casa e não saíram para verificar o que estava acontecendo.
Uma vizinha relatou que a família era muito discreta e reservada, e que não sabia que o filho sofria de esquizofrenia. “A gente quase não via eles. Foi um susto muito grande”, comentou.
De acordo com o relato da mãe à polícia, o filho apresentava comportamento agressivo e ameaçador, demonstrando sinais de surto. Após uma discussão, ele se dirigiu ao pai com frases como:
“Vou fazer pedacinhos de você! Tá duvidando? Vou fazer agora.”
Ao ouvir as ameaças, a mãe tentou proteger o marido, trancando a porta do quarto, onde ele descansava. No entanto, o autor arrombou a porta e partiu para cima da vítima com uma faca, desferindo múltiplos golpes no tórax e nos braços. Mesmo depois que Hugo caiu ao chão, o agressor ainda o chutou na cabeça.
A mulher tentou impedir a agressão, mas sem sucesso. Ela então fugiu da casa para buscar ajuda com parentes que moram próximos. Quando retornou, o marido já estava sem vida e o filho havia fugido.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e confirmou o óbito da vítima. Equipes do Tático da Polícia Militar realizaram buscas pela região durante a madrugada, mas até o momento o autor segue foragido.
O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). A perícia técnica esteve no local e o ambiente foi preservado pelas equipes da PM.
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