Política / Justiça
TRE-MS decide manter mandatos de Adriane Lopes e vice após julgamento de denúncia de compra de votos
Placar de 5 a 2 contra a cassação reforça falta de provas diretas contra prefeita e vice; decisão ainda pode ser contestada no TSE
27/05/2025
18:30
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) formou maioria nesta terça-feira (27) contra a cassação dos mandatos da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice-prefeita Camilla Nascimento (PP). Por 5 votos a 2, os magistrados rejeitaram o recurso que pedia a perda dos mandatos e a inelegibilidade das gestoras por suposta compra de votos nas eleições de 2024.
“Cassação sem provas robustas seria afronta à soberania popular”, afirmou relator Alexandre Antunes da Silva
Durante o julgamento, o relator Alexandre Antunes reconheceu a existência de compra de votos no pleito, mas enfatizou que não havia provas concretas que ligassem direta ou indiretamente a prefeita e sua vice às irregularidades. Segundo ele, aplicar sanção sem respaldo probatório comprometeria a decisão soberana dos eleitores.
Outros quatro magistrados seguiram o entendimento do relator:
Márcio de Ávila Martins Filho: Afirmou que a afinidade política com autores dos ilícitos não caracteriza ciência ou anuência das candidatas.
Sérgio Fernandes Martins: Considerou frágeis os relatos apresentados pelas testemunhas.
Eduardo Contar (desembargador e último a votar): Reforçou a ausência de vínculo direto das gestoras com os atos denunciados.
Carlos Alberto Almeida: Também votou pela manutenção dos mandatos.
Votos pela cassação destacaram indícios de envolvimento de assessora e supostos pagamentos em PIX
Dois juízes divergiram e defenderam a cassação:
Vitor Luís de Oliveira Guibo: Considerou que o PIX de R$ 1.200 recebido por Sebastião Martins Vieira, supostamente enviado por Simone Bastos Vieira, assessora da prefeita, evidencia vínculo com a campanha. Também destacou depoimentos que relataram repasses de R$ 100 por voto e pagamentos para adesivação de veículos.
Fernando Nardon Nielsen: Acompanhou Guibo e considerou o recurso parcialmente procedente.
Entenda os principais pontos do caso:
Acusação: Suposto esquema de compra de votos com uso de transferências via PIX e dinheiro em espécie.
Envolvimento citado: Simone Bastos Vieira, assessora da prefeita, seria responsável por alguns dos pagamentos.
Provas: Relatos de testemunhas e registros de valores transferidos a eleitores.
Defesa: Não há ligação direta entre as ações ilícitas e as gestoras; depoimentos são frágeis ou desconexos.
Próximos passos e impacto político
Com o julgamento encerrado no TRE-MS, Adriane Lopes e Camilla Nascimento permanecem no cargo. A decisão, no entanto, ainda pode ser contestada em instância superior. Os partidos autores da ação podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A manutenção dos mandatos reforça o entendimento de que, mesmo diante de denúncias e indícios, a cassação de eleitos exige provas sólidas e inequívocas.
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