Política
PL demite Fábio Wajngarten após vazamento de mensagens com Mauro Cid sobre Michelle Bolsonaro
Decisão foi tomada por Valdemar Costa Neto após revelações de que o ex-assessor e Cid ironizaram possível candidatura da ex-primeira-dama em 2026
20/05/2025
17:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Partido Liberal (PL), comandado por Valdemar Costa Neto, demitiu o advogado e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, após a revelação de mensagens comprometedoras trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid envolvendo críticas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A decisão foi tomada na esteira do vazamento de conversas privadas, reveladas pelo portal UOL, que fazem parte de investigações em curso sobre o entorno de Bolsonaro.
Nas mensagens, trocadas em janeiro de 2023, Mauro Cid ironiza a possibilidade de Michelle concorrer à Presidência da República em 2026 e diz que “prefere Lula” a vê-la candidata:
“Cara, se dona Michelle tentar entrar para a política no cargo alto [presidência] ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja, né? Mas ela é cheia de personalidade e vão usar tudo contra para acabar com ela”, disse Cid em um áudio enviado a Wajngarten.
Wajngarten, por sua vez, concorda com a avaliação, dizendo que não apoiava Michelle e afirmando que os filhos de Bolsonaro também não queriam vê-la como presidenciável.
As mensagens estão entre os mais de 158 mil arquivos de WhatsApp obtidos em investigações que envolvem Bolsonaro e sua equipe próxima. As conversas mostram:
Discussões sobre possíveis nomes para substituir Bolsonaro na disputa de 2026;
Comentários sobre acusação de uso indevido de cartões corporativos;
Trocas de informações sobre o caso das joias recebidas por Bolsonaro, comprovante de vacinação e temor em relação ao ministro Alexandre de Moraes;
Avaliações sobre o início do governo Lula.
Nem Valdemar Costa Neto nem Fábio Wajngarten comentaram oficialmente a demissão até o momento. Nos bastidores, a avaliação é de que o vazamento das conversas minou completamente a confiança no ex-assessor e criou constrangimento dentro da ala bolsonarista do PL, especialmente diante da eventual candidatura de Michelle.
A crise interna ocorre num momento delicado para o partido, que ainda busca uma alternativa política viável caso Bolsonaro permaneça inelegível.
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