Política Internacional
Brasil amplia laços com a Rússia e mira parceria estratégica na área de energia
Em Moscou, Lula destaca interesse em usinas nucleares, reforça comércio bilateral e critica tarifações unilaterais dos EUA
09/05/2025
23:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante visita oficial à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (9), o fortalecimento da parceria estratégica entre os dois países, com ênfase em energia, defesa, ciência e tecnologia. O encontro com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscou, resultou na assinatura de atos de cooperação científica e reforçou o interesse do Brasil na experiência russa com usinas nucleares de pequeno porte.
“O Brasil tem interesses políticos, comerciais, culturais, científicos e tecnológicos com a Rússia. Queremos estreitar e refazer essa parceria com mais força”, afirmou Lula.
Segundo Lula, o comércio bilateral entre os dois países soma US$ 12,5 bilhões, mas ainda é deficitário para o Brasil, o que abre espaço para expansão estratégica em áreas como energia, educação, ciência espacial e defesa.
Putin destacou que o Brasil segue como um dos principais compradores de produtos alimentares da Rússia, enquanto o Brasil exporta itens do agronegócio, como soja, carne bovina, carne de frango, café e tabaco, além de importar fertilizantes e óleo diesel do país euroasiático.
Entre os pontos de maior destaque na visita está o interesse brasileiro em usinas nucleares compactas, uma alternativa tecnológica que poderá ser explorada no futuro do setor energético nacional.
“Temos muito interesse na experiência da Rússia com pequenas usinas nucleares”, declarou o presidente.
A comitiva brasileira contou com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Lula também aproveitou o encontro para criticar a guerra comercial entre Estados Unidos e China, intensificada por novas tarifas anunciadas pelos EUA. O presidente classificou as ações como unilaterais e prejudiciais ao livre comércio.
“Essas taxações jogam por terra o fortalecimento do multilateralismo e o respeito à soberania dos países”, afirmou.
A viagem de Lula à Rússia ocorre durante as comemorações dos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, data celebrada com um desfile cívico-militar nesta sexta-feira. Após Moscou, o presidente brasileiro segue para Pequim, onde participa da cúpula China–Celac e realiza visita de Estado à China nos dias 12 e 13 de maio, com a previsão de assinatura de pelo menos 16 acordos bilaterais.
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