Campo Grande (MS), Quinta-feira, 24 de Abril de 2025

Política / Justiça

STJ mantém prisão de empresários acusados de desviar R$ 10 milhões em contratos públicos em MS

Operação Malebolge revelou esquema de corrupção nas prefeituras de Rochedo e Água Clara; 11 envolvidos seguem presos

24/04/2025

08:00

MDX

DA REDAÇÃO

©ILUSTRAÇÃO

O ministro Carlos Cini Marchionatti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus e manteve a prisão preventiva de três empresários envolvidos em um esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 10 milhões em recursos públicos das áreas de saúde e educação nos municípios sul-mato-grossenses de Rochedo e Água Clara.

Foram mantidas as prisões de:

  • Mauro Mayer da Silva – dono da Zellitec Comércio e Serviços

  • Izolito Amador Campagna Júnior – dono da I.A. Campagna Junior & Cia LTDA

  • Douglas Geleilaite Breschigliari – dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções

Eles haviam obtido liberdade provisória por decisão liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), mas a 3ª Câmara Criminal reformou a decisão, resultando no retorno de todos os 11 investigados à prisão no final de março. Com os recursos esgotados na Corte Estadual, a defesa recorreu ao STJ, que manteve a medida cautelar de prisão.

Investigados no esquema

Além dos três empresários, a Operação Malebolge prendeu outras oito pessoas, entre servidores públicos, políticos e prestadores de serviço. Os nomes apontados no esquema incluem:

  • Fernando Passos Fernandes – filho do prefeito de Rochedo, atuava na Diretoria de Licitações do município

  • Denise Rodrigues Medis – ex-secretária de finanças de Água Clara

  • Luciana Mendes Carneiro – empresária

  • Fabrício da Silva – empresário, dono de um cyber café prestador de serviços à prefeitura de Rochedo

  • Renato Franco do Nascimento – servidor da Diretoria de Licitações de Rochedo

  • Celso Souza Marques – servidor do município de Rochedo

  • Outros dois servidores municipais de Água Clara (não identificados)

Esquema e operação

A operação foi deflagrada em 18 de fevereiro pelo Gaeco e Gecoc, grupos do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul especializados no combate à corrupção. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Rochedo, Água Clara e Terenos.

Segundo as investigações, o grupo fraudava licitações públicas, principalmente na área da educação, em conluio com servidores públicos, mediante pagamento de propinas e sobrepreço em contratos.

Origem do nome da operação

A operação foi batizada de “Malebolge”, em referência à obra clássica A Divina Comédia, de Dante Alighieri. No poema, Malebolge representa o oitavo círculo do inferno, onde são punidos os corruptos e fraudadores.


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