Campo Grande (MS), Domingo, 20 de Julho de 2025

POLÍCIA

Investigador que registrou B.O. de jornalista assassinada detalha atuação da Polícia Civil

Policial afirma que insistiu para que vítima solicitasse medida protetiva e buscasse abrigo

15/02/2025

17:40

CGN

DA REDAÇÃO

Mulheres aguardando atendimento na recepção da Casa da Mulher Brasileira (Foto: Osmar Veiga)

O investigador de Polícia Judiciária Sebastião Pereira dos Santos, responsável pelo registro do Boletim de Ocorrência da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada brutalmente pelo ex-noivo Caio César Nascimento Pereira, defendeu o atendimento prestado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Em nota publicada no Facebook, ele explicou os esforços para proteger a vítima.

Esforços para garantir proteção à vítima

📌 Vanessa procurou a delegacia preocupada com a divulgação de fotos íntimas feitas por Caio, e não diretamente com agressões físicas.
📌 O boletim de ocorrência relatava que o uso de drogas e álcool pelo ex-noivo desgastou o relacionamento.
📌 Ela recusou inicialmente a medida protetiva, e o investigador afirmou ter insistido para que entendesse o risco e fizesse o pedido.

Dificuldade em convencê-la a aceitar abrigo seguro

📌 Segundo o policial, muitas vítimas resistem a pedir proteção legal, mesmo após agressões.
📌 Vanessa assinou a solicitação de medida protetiva, mas recusou se hospedar na Casa da Mulher Brasileira, alegando ter outros locais para ficar.
📌 Quando voltou à delegacia para solicitar um dossiê sobre o agressor, novamente foi aconselhada a aceitar o abrigo, mas permaneceu na decisão de não ficar na Casa.

Questionamentos ao Judiciário

📌 O investigador reforçou que a Polícia Civil não pode obrigar uma vítima a se hospedar em um abrigo.
📌 Segundo ele, a responsabilidade pelo atraso na retirada do agressor da residência deveria ser questionada junto ao Judiciário, que não enviou rapidamente um oficial de justiça para o cumprimento da medida protetiva.
📌 "Se a lei permitisse que o delegado concedesse e cumprisse imediatamente a medida protetiva, aí sim poderíamos falar em falha policial", argumentou o investigador.

O caso reacendeu o debate sobre os desafios no cumprimento de medidas protetivas e a necessidade de mais agilidade no afastamento de agressores para evitar tragédias como a que vitimou Vanessa Ricarte.


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