Nesta terça-feira (20), o governo do Estado de Mato Grosso do Sul mobilizou uma série de ações para lidar com as consequências do rompimento da barragem de uma represa no loteamento de luxo Nasa Park, em Jaraguari. Localizado a cerca de 8 quilômetros da BR-163, o incidente causou grandes danos à rodovia e levantou preocupações sobre possíveis impactos ambientais.

Ações de Monitoramento e Avaliação

Em nota oficial, o governo informou que equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) foram enviadas ao local para avaliar a extensão dos danos e iniciar os trabalhos de contenção e reconstrução.

A Defesa Civil, em conjunto com os Bombeiros, está monitorando a área e já identificou uma residência totalmente destruída pela força da água, além de danos em duas estruturas destinadas à criação de animais. O Imasul, por sua vez, está focado em avaliar os impactos ambientais, utilizando drones e um avião para realizar sobrevoos sobre a área afetada. A conformidade do empreendimento com as legislações ambientais e de segurança de barragens também está sendo investigada.

Situação da BR-163

O rompimento da barragem teve um impacto significativo na BR-163, que está parcialmente interditada. Segundo Harrison Szesz, gerente de operações da CCR MSVia, a tubulação presente na pista, responsável pela drenagem da água, foi crucial para evitar que a rodovia fosse totalmente destruída. "A rodovia se manteve por conta da manutenção da concessionária. Temos aqui uma drenagem, um bueiro, isso garantiu que a rodovia não fosse levada", explicou Szesz.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a CCR MSVia estão gerenciando o fluxo de trânsito, que acontece em apenas uma pista, atendendo tanto veículos leves quanto pesados.

Rotas Alternativas e Participação de Peritos

Para mitigar o impacto no tráfego, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estão trabalhando na criação de rotas alternativas. A recomendação é que veículos pesados sigam pela MS-244, enquanto os veículos leves utilizem o desvio pela MS-455, com acesso à rodovia estadual MS-010.

Além disso, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul enviou uma equipe composta por três peritos criminais do Núcleo de Engenharia Legal e Perícias Ambientais para realizar uma análise detalhada no local.

Conclusão

Embora não haja registros de mortes, o governo estadual está tomando medidas rápidas para avaliar e conter os danos causados pelo rompimento. A situação permanece crítica, com autoridades monitorando de perto os impactos ambientais e a estabilidade da infraestrutura local, enquanto equipes trabalham para restabelecer a normalidade no tráfego da BR-163.