A defesa de Sergio Guenka, de 52 anos, acusado de ter assassinado a garota de programa Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos, alegou insanidade mental e ao apresentar o pedido, o homem passará por exames para aprofundar a possibilidade da presença de esquizofrenia paranoide, no qual ele seria portador, conforme o documentado apresentado pelo advogado Wagner Higa de Freitas.

A situação foi acatada pela Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio da 1ª Vara do Tribunal do Júri, presidida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, que suspendeu o andamento do processo principal até que o resultado seja elaborado.

Conforme o documento apresentado, Guenka faz uso de diversos remédios controlados e estava sob supervisão e atendimento médico há mais de 20 anos, recebendo benefício assistencial há mais de 20 anos em razão do seu problema mental.

"Pelos depoimentos prestados à autoridade policial e durante a audiência de custódia se nota que, ao tempo do crime, o acusado não estava bem, e sim totalmente incapaz, não podendo responder à demanda como uma pessoa normal", pontuou a defesa.

Inclusive, no pedido feito pelo advogado, consta o atestado médico emitido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), onde afirma que Sergio Guenka estava em acompanhamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) desde 27 de outubro de ano passado. O paciente em questão tinha prescrição para tomar 'Diazepam', 'Risperidona' e 'Prometazina'.

O último atendimento no CAPS aconteceu em 5 de fevereiro deste ano e ele tinha uma consulta marcada para o dia 1° de abril. Contudo, o acusado ligou um dia antes para reagendar a consulta e ela havia sido remarcada para o dia 24 de abril.

O Ministério Público não se opôs a apresentação do documento e ao pedido de exame de insanidade mental, contudo, elaborou uma série de questionamentos que deverão ser respondidos. O juiz também optou por formular algumas perguntas sobre o caso de insanidade do acusado.

Sergio Guenka permanece preso desde o dia 22 de abril, quando o caso de feminicídio foi descoberto por uma familiar, que denunciou a situação para as autoridades.

Cristiane foi morta com pelo menos 30 facadas por todo o corpo. Ela foi assassinada no dia 20 de abril, mas o acusado permaneceu com o corpo da vítima na residência por dois dias, na região do Santo Antônio. A vítima foi encontrada caída no chão do quarto, seminua, apenas com calcinha.