MEIO AMBIENTE
Lei do Pantanal entre em vigor no fim de semana para tentar equilibrar a preservação e a exploração do bioma
Seis meses após o projeto de lei ser apresentado, as novas restrições passam a valer para o cultivo de soja, cana-de-açúcar e eucalipto.
17/02/2024
07:15
G1
Pantanal é a maior planície alagável do mundo — Foto: Marcos Vergueiro
Entra em vigor neste sábado (17) a Lei do Pantanal, sancionada em dezembro de 2023. Um marco para a proteção do bioma em Mato Grosso do Sul, as novas restrições passam a valer para o cultivo de soja, cana-de-açúcar e eucalipto, além de incentivar a preservação do meio ambiente.
Esta é a primeira legislação pensada integralmente no bioma. Segundo o ambientalista Ângelo Rabelo, criador do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a nova fiscalização reforça o avanço proporcionado na preservação do Pantanal.
A lei prevê, de forma resumida, três pontos:
Apesar dos avanços que a lei traz, alguns trechos ainda precisam de regulamentação, que devem ser publicados nos próximos dias. Segundo Rabelo, esses pontos tratam especificamente dos licenciamentos necessários para o uso das terras do Pantanal.
“Nos conseguimos construir, em um processo bastante participativo com setores da produção, da conservação e sociedade civil, regras para o uso. E essas regulamentações vão definir efetivamente recursos para investir em comunidade, em atividades como a próprio conflito dos felinos com a produção. Então existem regulamentações que a equipe está trabalhando e que certamente estarão prontos ali dentro do prazo e essa é nossa expectativa”, afirmou Ângelo Rabelo.
Para Rabelo, hoje, as equipes que atuam nessa esfera, estão preparadas para ações rápidas. Mas, para isso, é preciso um trabalho integrado entre órgãos públicos e sociedade civil, que tem o poder de fiscalizar e denunciar quem vai contra a lei.
“Nós temos uma Polícia Militar Ambiental (PMA) que é referência no país e não justifica mais, com a tecnologia que nós temos disponível, chegamos três, quatro meses atrasados naqueles que não quiserem obedecer, sejam com desmatamento, seja com outras intervenções. Então é fundamental o fornecimento de informações, quase que online, para que a polícia ambiental, junto com a própria equipe de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, tenha uma atuação forte”, finaliza o ambientalista.
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