NOTA DE REPÚDIO
Com mais de 4 mil fisioterapeutas em MS, CREFITO rebate secretária-adjunta de Saúde de CG que alegou falta de profissionais
12/07/2023
14:00
REDAÇÃO
EDILENE BORGES
@DIVULGAÇÃO
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul (CREFITO-13), divulgou nota de repúdio na última terça-feira (11), desmentindo a fala da secretária-adjunta Municipal de Saúde de Campo Grande, Rosana Leite, que afirmou que a falta de profissionais é o motivo de Campo Grande possuir uma fila com mais de 20 mil pacientes que aguardam tratamento de fisioterapia.
A declaração foi feita pela secretária-adjunta durante entrevista concedida a um site de notícia e após a divulgação do grande número de pacientes aguardando na fila ser divulgado na reunião do Comitê Estadual que integra o Fórum Nacional da Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada na última semana, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, Rosana disse ainda que o problema da falta de atendimento em fisioterapia esbarra em diversos fatores, sendo que a falta de profissionais capacitados seria o principal deles. No entanto, o Conselho afirma que Mato Grosso do Sul tem mais de quatro mil fisioterapeutas que possuem o registro profissional, sendo que deste total, cerca de 1.500, estão em Campo Grande, todos aptos a exercerem a profissão.
“Dentre estes, muitos são especialistas, mestres ou doutores, que além da titulação, possuem expertise na fisioterapia e elevado nível de resolutividade, o que torna a afirmação da Drª. Rosa Leite extremamente infundada”, diz a nota.
A nota da presidência do CREFITO afirma ainda que em fevereiro do ano passado o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinos Trad, vetou parcialmente os Projetos de Lei Nº 10.320/2021 e Nº 10.319/2021, que se aprovados, garantiriam melhorias no atendimento em fisioterapia e terapia ocupacional à população, reduzindo o tempo de espera para o início do tratamento.
“Dentro de ambos os projetos de lei, o CREFITO-13 defendeu a criação de um Centro de Referência Municipal em Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a estruturação de Centros Municipais de Fisioterapia e Reabilitação, o aumento em 30% do quantitativo de fisioterapeutas em 2022 (LOA) e o aumento gradativo em 50% entre 2023 e 2025 (PPA). Esse projeto de lei foi encaminhado à Prefeitura ainda em dezembro de 2021, que respondeu vetando TODOS os dispositivos citados, por meio das mensagens Nº 229 e 230 de 29, de dezembro de 2021, disponíveis no site da Câmara Municipal de Campo Grande”, reforça a presidência.
Além da nota de repúdio emitida pelo CREFITO, os profissionais de fisioterapia também manifestaram descontentamento com a fala da secretária-adjunta de saúde. Eles usaram as redes sociais para afirmar que não há falta de fisioterapeutas no município, mas sim, o descaso do poder público. São dezenas de comentários no post publicado pela entidade, onde os profissionais pedem a valorização da profissão e uma declaração pública da secretária esclarecendo as declarações errôneas.
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