Empresário foi morto por policial depois de briga de trânsito
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PRF está solto e responderá por morte em liberdade - Foto: Valdenir Rezende |
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) vai protocolar nesta quarta-feira (4) pedido para que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) avalie a decisão do juiz plantonista José de Andrade Neto, que mandou soltar o policial rodoviário federal que matou o empresário Adriano Correia, no sábado (31), na Avenida Presidente Ernesto Geisel.
O presidente da OAB, Mansour Karmouche afirmou ao Portal Correio do Estado que toda a documentação necessária para que pedido seja protocolado no CNJ será preparada hoje. “Vamos protocolar o pedido amanhã e vamos esperar o retorno do CNJ porque eles estão em plantão, não há prazo”, disse.
Em recesso, o conselho só volta a atuar na sexta-feira (6), no entanto, para casos urgentes, há expediente de plantão.
Juiz plantonista concedeu liberdade provisória ao policial no dia 1º, alegando que Moon não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e, no entendimento dele, não apresenta risco à sociedade.
O CASO
De acordo com a Polícia Civil, Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a rua 26 de Agosto e a avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial.
No cruzamento da 26 com a Ernesto Geisel, peritos apreenderam sete cápsulas de pistola, e mais uma perto do veículo da vítima. A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul afirmou que, na versão do policial preso em flagrante, ele teria tentado abordar a caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano Correia, que teria desobedecido e avançado com o veículo na direção do agente. Diante da ocorrência, o policial, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, teria perseguido a vítima e efetuado os disparos em seguida.
Em coletiva realizada na tarde de sábado, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro, o delegado plantonista João Eduardo Davanço relatou que, em depoimento, Moon explicou que seguia para posto rodoviário na fronteira, onde estava escalado a serviço. Foi quando passou pela avenida Ernesto Geisel e foi fechado pela caminhonete Toyota Hilux, conduzida por Correia.
Fonte: CE
Por: ALINY MARY DIAS
Link original: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/pedido-para-reavaliar-decisao-de-juiz-que-soltou-prf-nao-tem-prazo/294802/