Campo Grande (MS), Sábado, 04 de Maio de 2024

Mauro Cavalli e Jodascil Lopes são considerados foragidos pela PF

12/05/2017

17:00

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Um dos foragidos deve ser preso assim que localizado

© Divulgação
A Polícia Federal já soltou o empresário Rodolfo Holsback, detido no âmbito da 4ª fase da operação Lama Asfáltica, ontem, quinta-feira (11), em Campo Grande. A investida policial investiga crimes como lavagem de dinheiro supostamente praticada na segunda gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), entre os anos de 2011 e 2014. Outros dois envolvidos, ex-servidores comissionados da prefeitura da cidade, Jodascil Lopes e Mauro Cavalli, ainda não foram localizados pela PF. A Justiça mandou por tornozeleira em Puccinelli por tempo indeterminado e ainda que ele pague fiança de R$ 1 milhão.

Contra Cavalli, que chefiou setor de licitação da secretária municipal do Meio Ambiente, na gestão de Puccinelli prefeito, há um mandato de condução coercitiva, quando o implicado é obrigado a prestar depoimento à polícia. Já Jodascil, ex-funcionário da secretária municipal, deve ser preso. Os dois, segundo investigação da PF, teriam participado de esquemas fraudulentos.

No dia da operação, policiais federais foram a casa de Holsback e nas empresas dele, a HDL Soluções e HBR Medical, onde cumpriram mandados de busca. Os investigadores acharam munições na casa, daí prenderam o empresário, segundo o advogado Carlos Marques.

Depois de pagar fiança arbitrada pela PF, cerca de R$ 5 mil, Holsback foi libertado. O advogado Marques disse ao jornal Midiamax que o empresário nada tem nada a ver com operação policial e que só fora levado para a PF por força da apreensão da munição.

FORAGIDOS

Mauro Cavalli estaria numa de suas fazendas, no interior do Estado. Policiais fizeram diligências, mas não tinham localizado ele até a tarde desta sexta-feira (11). Jodascil estaria também em área rural de sua propriedade.

Para a PF, os dois são tidos como foragidos. De acordo com a PF, o esquema descoberto na operação conhecida como Máquinas de Lama, era planejado por meio de aluguéis de máquinas de pavimentar estrada, publicação de livros e ainda por programa de incentivo fiscal.

O governo teria pagado por locação de maquinários que não atuavam em obras e parte do dinheiro ia para a organização. Livros eram impressos sem necessidade e valores embolsados pela gráfica Alvorada, do empresário Mirched Jafar Júnior. Somas entregues à empresa também eram entregues ao grupo como propina. O total supostamente desviado, segundo a quarta edição da Lama Asfáltica, foi de R$ 150 milhões.

A gráfica Alvorada, recebeu R$ 37.419.390,36 entre 2012 a 2014, dois últimos anos de André Puccinelli como governador. O valor corresponde a 67,3% dos R$ 55 milhões gastos, ao todo, com livros didáticos naqueles anos, segundo relatórios da Polícia Federal.

A PF cumpriu 32 mandados de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva e duas prisões, uma delas a do empresário dono da gráfica e do ex-secretário-adjunto da Fazenda, período da gestão de Puccinelli, André Cance, que seria, segundo a PF, o mediador do esquema.

Os mandados de condução coercitiva atingiram o ex-governador e o filho André Puccinelli Júnior; Jader Rieffe Jullanelli, que exerceu função de secretário estadual de Fazenda e ainda atua no governo de Reinaldo Azambuja (PSDB); Ana Cristina da Silva, mulher de André Cance, que teve a prisão decretada; Rosana Jafar, mulher de Mirched, o dono da gráfica, que foi preso; Maria Cavalli, mulher de Mauro Cavalli, ainda não localizado; Maria Aparecida Lopes, mulher de Jodascil Lopes, que deve ser preso quando localizado e Rudel Sanches Silva, empresário.

Fonte: Midiamax
Por: Celso Bejarano

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