Política / Partidos
Com pedido formalizado ao TSE, Tereza Cristina presidirá federação entre PP e União Brasil em Mato Grosso do Sul
Aliança cria a maior bancada federal do país, com 20 senadores e 106 deputados, e já define estratégia para as eleições de 2026
07/12/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O União Brasil e o Progressistas (PP) oficializaram junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de formação de uma federação partidária. A documentação já foi protocolada no tribunal, conforme confirmado por interlocutores ao Jornal O Estado.
Com a união, as duas siglas passam a formar a maior bancada federal do Brasil, reunindo 20 senadores e 106 deputados federais, consolidando uma das mais robustas forças políticas do Congresso Nacional. Internamente, a aliança vem sendo chamada de “superfederação”.
Em Mato Grosso do Sul, a federação será presidida pela senadora Tereza Cristina (PP), tendo como vice-presidente a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil).
Pelo modelo de federação, durante o período eleitoral, todas as decisões estratégicas — como:
Formação de chapas
Definição de candidaturas
Coligações
Planejamento de campanha
devem ser tomadas de forma conjunta pelas duas legendas.
Fora do período eleitoral, PP e União Brasil podem manter atuações administrativas e parlamentares independentes, mas permanecem legalmente vinculados como bloco político.
Segundo declarações públicas da senadora Tereza Cristina, a criação do União Progressistas tem como foco fortalecer a bancada federal do Estado nas eleições de 2026, com candidatos alinhados ao projeto político da federação.
Os objetivos das duas siglas em MS já estão definidos:
PP
Viabilizar a reeleição do governador Eduardo Riedel
Lançar candidato para disputar a segunda vaga ao Senado
União Brasil
Disputar uma das cadeiras da Câmara dos Deputados com a candidatura de Rose Modesto
Ampliar a representação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul
Com a federação já estabelecida, o bloco passa a reunir em Mato Grosso do Sul:
Governador: Eduardo Riedel (PP)
Deputado federal: Luiz Ovando (PP)
Deputados estaduais:
Gerson Claro (PP)
Londres Machado (PP)
Roberto Hashioka (União Brasil)
Prefeitos: cerca de 24, formando a maior bancada municipal do Estado
No plano nacional, a condução da federação será dividida entre:
Ciro Nogueira (PP)
Antônio Rueda (União Brasil)
Em publicação nas redes sociais, Ciro Nogueira destacou:
“O ato confirma uma das forças políticas mais relevantes do país, com o maior número de senadores, governadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores”.
No cenário nacional, a nova federação passa a reunir:
6 governadores
Mais de 1.300 prefeituras
Mais de 12 mil vereadores eleitos
Cerca de 7 mil do PP
Aproximadamente 5 mil do União Brasil
Representação equivalente a 21% de todos os vereadores do país
Com a saída das duas siglas da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o discurso de construção de candidatura própria à Presidência da República, a superfederação passa a moldar o tabuleiro político nacional para 2026.
A movimentação colocou em alerta outros partidos do Centrão, como:
PSDB, que avalia uma possível federarização com o Republicanos
MDB, que enfrenta um impasse interno entre manter autonomia ou buscar uma aliança para garantir sobrevida institucional
Caso avance um acordo entre MDB e Republicanos, a nova configuração somaria:
88 deputados federais
15 senadores
Aproximadamente 1.300 prefeituras
Com o protocolo já entregue ao TSE e as lideranças definidas, a federação entre PP e União Brasil entra oficialmente na fase de organização interna e construção de chapas, com impacto direto:
Na disputa pelo Governo de MS
No Senado
Na Câmara dos Deputados
E na Assembleia Legislativa
A chamada superfederação se consolida, assim, como uma das principais forças eleitorais do Brasil para o próximo ciclo político.
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