Esportes / Futebol
Ednaldo Rodrigues desiste de recurso no STF e se afasta da disputa pela presidência da CBF
Ex-presidente afirma querer restaurar a paz no futebol e denuncia pressões políticas e raciais; eleição da entidade será no próximo domingo (25)
19/05/2025
17:05
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, oficializou nesta segunda-feira (19) sua desistência do recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que o destituiu do cargo. A manifestação foi encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, relator das ações que envolvem o comando da entidade.
Na petição, a defesa de Ednaldo declara que a desistência foi motivada por seu “profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro”, ressaltando ainda os impactos pessoais sofridos desde que foi afastado. Segundo os advogados, ele e sua família foram alvo de “maledicências, interpretações distorcidas e ataques coordenados por grupos inconformados com sua gestão”.
“[Ednaldo] tomou a decisão de se afastar definitivamente movido por seu compromisso com o futebol e por não compactuar com a instabilidade que vem sendo criada nos bastidores”, diz o documento.
O ex-dirigente também afirmou que não apoia nenhum dos candidatos à presidência da CBF e não concorrerá no pleito marcado para domingo, 25 de maio. A única chapa registrada até o momento é encabeçada por Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol, que deve ser eleito.
Na manifestação enviada ao STF, a defesa de Ednaldo também nega qualquer fraude no acordo que o manteve na presidência em 2023, mas afirma ser vítima de uma tentativa de exclusão política e estrutural.
“Setores inconformados com sua atuação firme, ética e transformadora resistem ao fato de um nordestino negro ocupar o cargo mais alto do futebol nacional”, declarou a defesa, referindo-se aos ataques sofridos.
A crise teve início após a suspeita de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima (Coronel Nunes) em um acordo judicial homologado no STF, que havia garantido a permanência de Ednaldo no cargo. Uma perícia apontou indícios de fraude, e o Tribunal de Justiça do Rio decidiu pela destituição.
Com isso, Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, foi nomeado interventor e convocou a eleição para o novo comando da CBF.
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